segunda-feira, 25 de novembro de 2013

TEOLOGIA INCLUSIVA


TEOLOGIA INCLUSIVA

Teologia Inclusiva
Ana Patrícia Barbosa da Silva
               A autora do artigo é aluna do STPN, Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste, Recife, Pernambuco.


Resumo- A família é a celular máter da sociedade, definição comum nos meios sociais. Segundo os padrões divinos é constituída por homem e mulher que reproduzem os filhos. Não diferente de tempos passados essa instituição tem sido afrontada em seus princípios morais e os seus padrões éticos distorcidos. O termo família tem alcançado definições que não correspondem com o projeto determinado por Deus. A Teologia Inclusiva ganha proporções maiores na atualidade e a igreja precisa se posicionar diante dessas questões. O presente artigo tem como proposta definir o termo Teologia Inclusiva, seus pontos de vistas e sua crença confrontado-as com as Escrituras. 
PALAVRAS-CHAVES
Cosmovisão cristã, Teologia Inclusiva, homoafetividade.

INTRODUÇÃO
O padrão de Deus para o exercício da sexualidade humana é o relacionamento entre um homem e uma mulher no ambiente do casamento. Nesta área, a Bíblia só deixa duas opções para os cristãos: casamento heterossexual e monogâmico ou uma vida celibatária. À luz da Palavra de Deus, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são vistas não como opção ou alternativa, mas sim como abominação, pecado e erro, sendo tratada como prática contrária à natureza. Contudo, no tempo que vivemos estão querendo moldar os valores cristãos ao relacionamento homossexual como pratica comum supostamente compatível com a vida cristã. Há diversas formas de abordagens teológicas tentando admitir o relacionamento homossexual tanto masculino como feminino para que possam ser aceitos como parte da Igreja e expressar livremente sua homoafetividade no ambiente cristão. Porém, a a Palavra de Deus nos diz:"Não se enganem, não herdarão o reino de Deus os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os difamadores, os marginais. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus" (Apóstolo Paulo em 1 Co 6.9 a 11 – BLH)


ORIGEM
            Quando vemos ou lemos sobre as conquistas do movimento gay (palavra inglesa que significa alegre como adjetivo, e homossexual como substantivo) não imaginamos que até a década de 1950 não havia nenhum movimento organizado por homossexuais em prol dos seus “direitos”. Em apenas 50 anos, os homossexuais saíram do aparente anonimato, para defensores dos direitos humanos. Apesar de contrário a outros movimentos sociais não foi espontâneo, mas foi cuidadosamente planejado e executado, visando através da frase utilizada pelos seus militantes “o mundo é Gay” a homossexualização da sociedade. Para neutralizar a oposição da igreja, intelectuais e teólogos envolvidos nessa militância lançaram as bases do que hoje chamamos de “Teologia Cristã Gay” ou “Teologia Inclusiva”, movimento desenvolvido na década de 1950 nos Estados Unidos e Europa. Tudo começou quando denominações importantes ordenaram homossexuais. Pastores e padres realizaram casamento de pessoas do mesmo sexo, Igrejas invadidas e tumultuadas por ativistas homossexuais, Debates sobre homossexualismo dividiam congregações ao meio, porém a estratégia discreta que o movimento dos direitos homossexuais adotou no começo teve pouca oposição porque a maioria dos cristãos não tinha conhecimento e pouco se falava sobre homossexualismo nos púlpitos americanos.
A PRIMEIRA DENOMINAÇÃO A FAVOR DO HOMOSSEXUALISMO
Em seis de outubro de 1968, doze pessoas responderam a um convite colocado no The Advocate (um jornal de orientação homossexual) para tornarem-se membros em uma igreja para homossexuais recém-formada. O anuncio foi colocado por um ex-pastor pentecostal de 28 anos de nome Troy Perry. Ele começou a reunir na sala de sua casa, em Los Angeles, todos os interessados na busca da fé cristã que não se enquadravam nos padrões ortodoxos da Igreja Católica ou Protestante. Eram, em sua maioria, negros, mães solteiras e homossexuais. Assim foi fundada a Metropolitan Community Church ─ ou Igreja da Comunidade Metropolitana. A Igreja da Escócia, Igreja Presbiteriana dos EUA apesar de tradicionais resolveram ordenar homossexuais. No Brasil temos a Igreja Contemporânea já possui 6 templos no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais. Igreja comunidade metropolitana em Mato Grosso. E a mais recente a igreja Comunidade Cidade de Refúgio.
PRINCIPAIS LÍDERES
Troy Perry foi o pioneiro na revolução sexual dentro das igrejas. No fim da década de 1960. Quase trinta anos depois, o Rev. Perry ainda é um dos líderes mais influentes do Movimento Gay Cristão. A denominação que Perry fundou naquela tarde de outubro – a Universal Churches (UFMCC) – é, segundo ele, “a maior organização que alcança as vidas de homens e mulheres homossexuais no mundo.” Hoje no mundo todo existem perto de trezentas igrejas da UFMCC. Como o maior difusor do evangelho inclusivo uma de suas frases é "Eu tomei a decisão de que se Deus não podia amar-me [por ser homossexual], então eu tampouco podia amá-lo" (frase dita quando foi excomungado de sua igreja por manter-se no homossexualismo). Hoje ele está aposentado, mas ainda exerce muita influência em sua comunidade, com mais de 60.000 membros em 300 igrejas de 22 países ao redor do mundo (inclusive no Brasil).
Guy Erwin (um homem abertamente homossexual) foi eleito pela Igreja Evangélica Luterana da América, para que se tornasse bispo, ou seja, o primeiro bispo luterano gay.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do “Grupo Gay da Bahia”, considerado o maior mentor intelectual do Movimento Gay no Brasil, utiliza argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses argumentos são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde nasceu e se desenvolveu a chamada “Teologia Gay”.

CONTRADIÇÕES TEOLÓGICAS
Perspectiva Teologia Inclusiva x Teologia Tradicional
 Para tornar válido seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo de argumentação. A princípio os menos informados acham suas declarações incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem a uma análise mais profunda e desprovida das motivações que estão por trás da maioria das afirmações dos mentores do movimento gay, incluindo sua teologia.
 Jorge Garcia é Psicanalista e membro da Igreja Cristã Contemporânea define a Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, “é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, das categorias socialmente estigmatizadas como os negros, as mulheres e os homossexuais.
O pilar central dessa teologia encontra-se no amor de Deus pelo homem, amor que, embora eterno e incondicional, foi negado pelo discurso religioso ao longo de vários séculos. A Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Há um equivoco sobre a Teologia Inclusiva achando que ela quer tomar todos os homossexuais. Isto é um pensamento muito limitado.
A Teologia Inclusiva não é um movimento pró-homossexual e contra a família. Pelo contrário: nas igrejas inclusivas congregam não apenas pessoas homossexuais, mas heterossexuais e suas famílias. Não existe igreja gay, como alguns insistem em dizer, assim como não existe igreja hétero. Essa afirmação apenas prova o desconhecimento do que é uma Igreja Inclusiva. Os homossexuais ainda lutam pelo direito de inclusão nas variadas estruturas religiosas cristãs no Brasil e no mundo. A igreja inclusiva busca demonstrar, pelas Escrituras Sagradas, que a homossexualidade é tão natural quanto à cor da pele ou dos olhos, por exemplo. “Isto não é uma nova teologia, mas sim um aspecto teológico fundamentado na dignidade da pessoa humana, nas necessidades individuais de homens e mulheres e na valoração da identidade de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus”. [1]

Para a teologia inclusiva Romanos 1:25-27.”Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão”, . Paulo mostra um quadro de rebelião contra Deus, mostrando detalhes de promiscuidade. O capítulo inteiro é sobre rebelião contra Deus e Seu propósito para as nossas vidas, não sobre atos homossexuais. Isto não pode ser aplicado àqueles cuja natureza é conectar-se e construir uma família com outra pessoa do mesmo sexo. Em Rm 1:29-31 o apóstolo usa uma série de adjetivos para descrever as pessoas a quem se refere: “Pessoas invejosas, gananciosas. Homicidas, rivais, presunçosas, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; desobedientes etc.” Se você é gay e não se vê dentr dessa descrição de Paulo, se você deseja seguir a vontade de Deus, se casar e viver debaixo da graça e felicidade do Pai, tenha a plena convicção que a carta de Paulo aos Romanos não fala sobre você. Isso não se refere homoafetividade.
Referente aos textos de Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. 1Co 6:10
Os defensores da Teologia Inclusiva alegam que o maior problema que eles tem são as traduções tendenciosas que a Bíblia teve durante os anos. Afirmam também que maior verdade sobre esses versículos é que o Apóstolo Paulo estava exortando sobre vícios que afastavam o povo do plano perfeito de Deus para suas vidas. E sabemos que a homoafetividade não é um vício, mas sim uma verdade. A orientação sexual não é algo que possa ser escolhido. Ele mais uma vez aborda sobre os prostitutos cultuais, aqueles que abandonam a verdade de Deus.Cabe a você, cristão, buscar sempre entender o contexto por tras da Bíblia, o significado tradicional dos textos e buscar, na luz do Espírito Santo, a forma de aplicar a mensagem nos dias atuais.

Na perspectiva bíblica observamos que há uma tentativa de reinterpretar passagens bíblicas com objetivo de legitimar a homossexualidade. Todavia, basta que se leia a passagem para ficar claro o que Paulo estava condenando. O apóstolo quis dizer exatamente o que o texto diz: que homens e mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza, e que se inflamaram mutuamente em sua sensualidade – homens com homens e mulheres com mulheres –, “cometendo torpeza” e “recebendo a merecida punição por seus erros”. E ao se referir ao lesbianismo como pecado, Paulo deixa claro que não está tratando apenas da pederastia, como alguns alegam, visto que a mesma só pode acontecer entre homens, mas a todas as relações homossexuais, quer entre homens ou mulheres.
É alegado também que, em I Coríntios 6.9, os citados efeminados e sodomitas não seriam homossexuais, mas pessoas de caráter moral fraco (malakoi, pessoa “macia” ou “suave”) e que praticam a imoralidade em geral (arsenokoites, palavra que teria sido inventada por Paulo). Todavia, se este é o sentido, o que significa as referências à impuros e adúlteros, que aparecem na mesma lista? Por que o apóstolo repetiria estes conceitos? Na verdade, efeminado se refere ao que toma a posição passiva no ato homossexual – este é o sentido que a palavra tem na literatura grega da época, em autores como Homero, Filo e Josefo – e sodomita é a referência ao homem que deseja ter coito com outro homem.
Nós cristãos que temos a Bíblia como infalível e inerrante Palavra de Deus, não podemos aceitar a pratica homossexual, a não ser considerá-la pecaminosa tanto quantos os demais atos abomináveis ao Senhor como idolatria, adultério etc, a Bíblia não trata o homossexualismo como um pecado sem perdão isso aconteceu no passado e está voltando hoje, o único pecado para qual não há perdão é a blasfêmia contra o Espírito Santo. A mensagem da Bíblia é esta: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”, conforme Romanos 3.23. Todos nós precisamos nos arrepender de nossos pecados e nos submetermos a Jesus Cristo, o Salvador, pela fé, para recebermos o perdão e a vida eterna.
É preciso também repudiar toda manifestação de ódio contra homossexuais, da mesma forma com que o fazemos em relação a qualquer pessoa. Isso jamais nos deveria impedir, todavia, de declarar com sinceridade e respeito nossa convicção bíblica de que a prática homossexual é pecaminosa e que não podemos concordar com ela, nem com leis que a legitimam. Diante da existência de dispositivos legais que permitem que uma pessoa deixe ou transfira seus bens a quem ele queira, ainda em vida, não há necessidade de leis legitimando a união civil de pessoas de mesmo sexo – basta a simples manifestação de vontade, registrada em cartório civil, na forma de testamento ou acordo entre as partes envolvidas. O reconhecimento dos direitos da união homoafetiva valida a prática homossexual e abre a porta para o reconhecimento de um novo conceito de família. No Brasil, o reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo para fins de herança e outros benefícios aconteceu ao arrepio do que diz a Constituição: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art. 226, § 3º).
Os cristãos que recebem a Bíblia como Palavra de Deus deve obedecê-la, até mesmo respeitando as autoridades como constituídas por Deus, mas não podemos ser favoráveis a qualquer lei que vá de contra a verdade das Escrituras. Mais vale obedecer ao Deus do que aos homens.

A IGREJA E OS HOMOSSEXUAIS
Toda argumentação aqui apresentada visa combater os falsos ensinos que a militância gay vem divulgando, sabemos que muitos homossexuais não fazem ideia desses argumentos. Sabemos que muitos desejam na verdade abandonar esse comportamento, mas não sabem como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como pessoas e encaminhados ao conhecimento de Cristo.
Joe Dallas, em seu livro A operação do Erro, publicado pela Editora Cultura Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja para com os que desejam deixar o homossexualismo: "Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema do homossexualismo, talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas." Infelizmente, porque uma grande parte da Igreja não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos ouvir coisas como as que Troy Perry, líder da maior igreja gay cristã do mundo, disse e que Joe Dallas registra: "Se a Igreja tivesse realmente feito seu trabalho missionário, não creio que a MCC (Metropolitan Community Church) jamais tivesse vindo a existir." 

CONCLUSÃO
A igreja precisa estar preparada para responder de forma, clara e consistente aos assuntos atuais e que a sociedade deseja resposta. O Evangelho do Senhor Jesus é por si inclusivo, não fazendo assim acepção de pessoas, porém todo pecado é abominável aos olhos do Senhor Deus não menor ou maior. Como está escrito: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas há uma superabundante graça que todos que confessam e deixam alcançam misericórdia. A graça salvadora na pessoa do Senhor Jesus é para todos quantos o reconhecem como suficiente.
 Não há desvio no caminho proposto pelo Senhor, não há meio termo na interpretação da Palavra, seja anátema todo que assim procede. Que o Senhor nos ajude a proclamar essa verdade na essência, sem meios termos. Ainda que nos custe alto preço o maior já foi pago na cruz do calvário
BIBLIOGRAFIA
1. http://teologiaeinclusao.blogspot.com.br/
Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998) p. 237
2. http://tempora-mores.blogspot.com.br/Um engano chamado teologia inclusiva.htm
3.www.monergismo.com/textos/ homossexualismo/teologiagay.htm
4. http://www.cristianismohoje.com.br/artigos/teologia inclusiva
5. GEISLER Norman L. Ética Cristã. Homossexualidade. Ed. Vida Nova.2ª Edição

sábado, 2 de novembro de 2013

PROVA FINAL – QUESTIONÁRIO


CADEIRA DE APOLOGÉTICA – Prof. Pr. Jonas Silva
PROVA FINAL –QUESTIONÁRIO

1.    O que o termo “apologética” significa?

2.    Quais os objetivos e/ou propósitos da “apologética?

3.    Comente sobre os sistemas apologéticos apontando as principais diferenças entre Sistemas Pressupocionalista e Evidencialista.

4.    Se você fosse escolher um sistema (pressupocionalismo ou evidencialismo) para estabelecer uma abordagem apologética qual escolheria? Justifique a sua resposta.

5.    A respeito do “terreno comum” entre o cristão e o não cristão qual a posição de Van Til e a de Francis Schaeffer? Qual a sua opinião?

6.    Comente sobre o conceito de “verdade”.

7.    Qual a relação entre a fé, certeza e razão? E comente sobre a implicação das mesmas para a argumentação apologética.

8.    O que é Cosmovisão?  Quais são os seus elementos norteadores? Explique cada  deles.

9.    Na Cosmovisão cristão como se obtém o conhecimento (Epistemologia)?

10. No contexto da Igreja primitiva, quais foram os testes elaborados pelo Apóstolo João para identificação dos falsos mestres? Fundamente biblicamente.

11. Quais foram as influências (Positivas e Negativas) do Modernismo no cristianismo?

12. Aponte algumas características da Pós Modernidade,

13. Aponte algumas questões a serem observadas na comunicação do Evangelho na pós modernidade.

14. Aponte algumas posições a respeito a existência de Deus.

15. Qual a diferença ente o Ateu e o Agnóstico?


16. Explique cada um dos argumentos em favor da existência de Deus abordados na disciplina.

sábado, 28 de setembro de 2013

ARGUMENTO COSMOLOGICO – KALAM - Valdir de Jesus Carvalho

ARGUMENTO COSMOLOGICO – KALAM
Valdir de Jesus Carvalho
Seminarista do III ano do Curso de Teologia do Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste

Palavras chaves: Argumento, Cosmológico, Ghazali, Premissa, Kalam.


RESUMO

O argumento Cosmológico é o argumento a partir da criação ao criador, a posteriori, do efeito à causa, e é baseado no principio da causalidade, onde afirma que todo evento tem uma causa, ou que tudo que começa tem uma causa.
O argumento Kalam, é uma forma horizontal, (linear), de argumento cosmológico.
O universo não é eterno, então deve ter tido uma causa. Essa causa deve ser Deus.
Esse argumento tem uma história longa e venerável entre filósofos islâmicos como Alfarabi, Al Ghazali e Avicena.

1 -  INTRODUÇÃO
O argumento Cosmológico é sem duvida o maior e mais brilhante dentro dos cincos argumentos. Estudar sobre o cosmo é um desafio não só da ciência, como muitos afirmam. É papel de um teólogo, apologeta juntamente com a ciência moderna auferir um sistema racional e lógico, ordenado que faça sentido aos fatos. Há muitas inverdades, obras grandiosas, “cientificas” que já produziram trabalharam em cima do cosmo. Desde os primeiros filósofos, o discurso de que o universo não teve um começo, é dom do acaso, veio do nada, é tão antigo como o homem. Hoje a ciência competente, “a boa ciência” admite e publica que o que conhecemos por universo nem sempre foi assim. Isto é, estar mais velho, em expansão. Com essa observação que deu fim a problemática se a matéria é eterna? Resta agora resolver se o universo é “obra do acaso” e se o “nada gerou alguma coisa.”
No decorrer do artigo tentaremos responder a mais fundamental e relevante pergunta, que por sinal é uma pedra no sapato dos ateus:
“Se Deus não existe, então por que existe alguma coisa em vez do nada?”.
2 – AL –GHAZALI
Teólogo mulçumano do século XII fez uma critica intimidadora da perspectiva dos filósofo intitulada “A incoerência dos Filósofos”. Nessa obra ele argumenta que a ideia de um universo sem principio é absurda, o universo tem que ter tido um principio e, uma vez que nada começa sem uma causa, deve ter tido um criador transcendente.
Em síntese podemos montar assim:
1-      Tudo que começa a existir tem uma causa;
2-      O universo começou a existir;
3-      Logo, o universo tem uma causa.
Analisando cada uma das premissas na sua ordem vejamos suas consistências e coerência uma com a outra:
2.1 PRIMEIRA PRIMISSA
“Tudo que começa a existir tem uma causa”.
Como pode algo existir a partir do nada?
É vão tentar justificar a matéria surgindo do “nada”.
1 – Algo não pode vir a existir a partir do nada, é tão absurda e superficial que fica impossível atingir a razão, a verdadeira ciência não alega tamanho problema.
Pode ser que às vezes alguns céticos respondam a isso dizendo que na física as partículas subatômicas (as chamadas “partículas virtuais”), vieram a existir do nada, ou existam certas teorias sobre a origem do universo que às vezes são descritas em revistas populares com a possibilidade de se torna algo do nada, de modo que o universo seria uma exceção ao ditado “nada é de graça”.
Em resposta aos céticos representa um deliberado abuso da ciência. As teorias de que estamos falando tem a ver com partículas que se originam como uma flutuação de energia contida no vácuo. Para a física moderna, o vácuo não é o que o leigo entende como “vácuo”, ou seja, como nada. Antes para a física o vácuo é um mar de energia flutuante regido pela luz da física e que tem uma estrutura física. Dizem a um leigo que com base nessas teorias, podemos dizer que algo veio do nada significa distorcê-la.
“ O nada é a total ausência do que quer que seja, até mesmo do próprio espaço”, portanto temos como “o nada é instável” ou o universo se encapsulou e passou a existir a partir do nada”, revela simplesmente tolice!
2 – Se algo veio a existir a partir do nada, então se torna inexplicável por que motivo qualquer coisa ou todas as coisas não vieram a existir a partir do nada. Porque uma bicicleta ou Beethoven ou um copo de cerveja simplesmente não surgem do nada? Por que somente o universo veio a existir do nada?
A esta altura é provável que os ateístas repliquem: “Tudo bem. Se tudo tem uma causa, qual é a causa de Deus?”
A primeira premissa não diz que tudo tem uma causa. Antes, ela diz que tudo que veio a existir tem uma causa, uma vez que nunca veio a existir, pois sempre existiu.
Al-Ghazali, portanto, responderia essa pergunta dizendo que Deus é eterno e não causado. Essa não é uma alegação especialmente criada para Deus, pois é exatamente isso que os ateístas têm dito tradicionalmente a respeito do universo: ele é eterno e não criado. A questão é que temos boas evidencias de que o universo não é eterno, não teve origem, e assim os ateístas se veem num beco sem saída quando dizem que o universo passou a existir sem uma causa, o que é um absurdo.
2.2 SEGUNDA PREMISSA
Um dos argumentos mais polêmicos, uma vez que diz que o universo começou a existir.
2.2.1 Primeiro argumento filosófico:
“Não pode haver um número atualmente infinito de coisas”
Al-Ghazali, argumentava que, o universo nunca tivesse tido uma origem. No entanto segundo ele, não pode haver um número infinito de coisas.
Al-Ghazali, reconhecia que um número potencialmente infinito de coisas pudesse existir, mas negava que um número atualmente infinito de coisas pudesse existir.
Vejamos:
Infinidade potencial vs. Infinidade atual.
Quando dizemos que algo é potencialmente infinito, o infinito serve meramente como um limite ideal que nunca é alcançado.
Al-ghazali não tinha problemas com a existência de infinitos meramente potenciais, pois estes são apenas limites ideais. No entanto quando se trata de um infinito atual, estamos tratando de um conjunto que não está em crescimento em direção ao infinito como limite, mas que já está completo: o número de elementos que já integram o conjunto maior do que qualquer número finito.
2.2.2 Segundo argumento filosófico:
“Você não pode passar por um número infinito de elementos um de cada vez”
Al-Ghazali tem um segundo e independente argumento para explicar a origem do universo.
Contando até o infinito (ou a partir dele)
Segundo Al-Ghazali, a cadeia de eventos passados se formou pelo acréscimo de um vento em seguida outro. Essa cadeia é como uma fileira de dominós, que seria a nossa época, porem nenhuma sequencia formada pelo acréscimo de um elemento depois do outro pode ser um finito atual, pois você não poderia passar por um número infinito de elementos de cada vez.
Isso é fácil de ver quando se tenta contar até o infinito. Não importa até que ponto você consiga chegar, pois sempre restará um número infinito para contar. Mas assim, se um número infinito tivesse que cair primeiro o último dominó jamais poderia cair. Assim não poderíamos chegar à época, ao dia de hoje. Mas obviamente chegamos! Isso mostra que a cadeia de eventos passados deve ser finita e ter tido um começo, uma origem.
2.2.3 Primeiro argumento cientifica:
 A - A Expansão do universo
Um dos mais espantosos avanços da moderna astronomia, que Al-Ghazali jamais teria antecipado, é o fato de que agora temos fortes evidências cientificas em favor da origem do universo. Sim a ciência fornece uma das mais dramáticas evidências em favor da segunda premissa do argumento cosmológico kalam. A primeira confirmação cientifica de que houve uma origem vem da expansão do universo.
B - O “Big Bang”
Ao longo de toda a história, a humanidade assumia que o universo como um todo era imutável. É evidente que as coisas no universo se movimentavam e mudavam, mas o universo em si ficava lá, imutável, por assim dizer.
Esse pressuposto também valia para Albert Einstein, quando ele começou a aplicar ao universo, em 1917, a sua nova teoria da gravidade, chamada de “teoria geral da relatividade”.
2.2.4 Segundo argumento cientifico
A termodinâmica do universo
Como se isso já não bastasse, existe na verdade uma segunda confirmação da ciência sobre a origem do universo, proveniente da segunda lei da termodinâmica. Segundo essa lei, a menos que um sistema esteja recebendo energia, ele se tornará cada vez mais caótica, desordenado.
O fim do mundo
Já no século XIX, os cientistas perceberam que essa segunda lei da termodinâmica implicava em uma previsão sombria para o futuro do universo. Dando-se tempo suficiente, toda a energia do universo se espalhará de maneira uniforme por todo o universo. O universo se tornará como uma sopa de nada no qual nenhuma forma de vida será possível. Uma vez que o universo atinja esse Estado, não será possível qualquer mudança significativa. É um estado de equilíbrio no qual a temperatura e pressão são as mesmas em todo lugar. Os cientistas chamam esse estado de “morte térmica” do universo. Estamos em um estado de desequilíbrio em que ainda há energia disponível para ser usada e o universo possui uma estrutura ordenada.

CONCLUSÃO
Se o universo existe, foi provado que existiu um principio, o que o causou. Não veio do nada, devido à explicação absurda o “nada é nada”. Portanto Deus o causou e não foi causado, Ele não veio a existir – é eterno, atemporal. Sendo Deus o autor da criação, é mais obvio aceita-lo como a causa primeira. Temos a ciência que nos auxiliou e a coerência da observação. É a fácil crer nessa “causa primeira” do que crer em causas no acaso é cego e sem fundamento cientifico.
Deus existe, é o criador do universo é o mantenedor da ordem e beleza que nele existe.
Referencias;
Craig, William Lane – Em guarda, defendendo a fé cristã com razão e precisão, Vida Nova.
Geisler, Normam –Enciclopédia de Apologética – Ed. Vida  



TEOLOGIA DA PROSPERIDADE OU CONFISSÃO POSITIVA -George Henrique Cavalcanti de Araújo

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE OU CONFISSÃO POSITIVA
PROSPERITY THEOLOGYORPOSITIVECONFESSION
George Henrique Cavalcanti de Araújo1
Resumo: A teologia da prosperidade ou confissão positiva, com berço nos Estados Unidos, tem alcançado o mundo com seus pensamentos contrários à Palavra de Deus, tendo assim causado estragos significativos para a humanidade. Visando compreender o assunto, fez-se uma pesquisa bibliográfica, juntada a experiências práticas, a partir da qual encontrou-se como resultado o modelo implantado por tais líderes, que diz que um cristão maduro tem que desfrutar de: saúde perfeita e ser próspero materialmente, sendo sua fé e santidade fatores determinantes para a obtenção deste padrão. É necessário sondar setais práticas encontram apoio Bíblico ou apenas aproveitam-se de pessoas desprovidas da Verdade para engrossar suas fileiras.
Palavras-Chave: Fé. Saúde. Prosperidade.
Abstract: The theology of prosperity or positive confession, originated from the United States, has spread through the world with thoughts contrary to God's Word and thereby caused significant damage to humanity. To understand the matter, ​​a literary research was made, coupled with practical experiences, from which it was found as result the model implemented by such leaders, who say that a mature Christian has to be provided with: perfect health and material prosperity, being his faith and holiness factors for obtaining this standard. It is necessary to probe whether such practices are Biblical supported or just take advantage of people lacking of the Truth to thicken their ranks.
Keywords: Faith. Health. Prosperity.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trará uma visão panorâmica sobre a teologia da prosperidade ou confissão positiva, onde abordaremos assuntos que falam da sua origem, desenvolvimento e chegada ao brasil;Bem como os pilares de apoio utilizados por seus líderes para defenderem suas práticas. Confrontaremos suas afirmações com as verdades Bíblicas, buscando assim contribuir com o verdadeiro Cristianismo.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, acompanhada de experiências vividas em uma igreja onde me converti e fui membro por alguns anos.
ORIGEM
A confissão positiva tem sua origem nos Estados Unidos, tendo como pai William Kenyon, nascido em Nova York no ano de 1867 convertido entre 15 e 19 anos de idade. O mesmo foi influenciado por Mary Baker Eddy, fundadora da seita americana ciência cristã. No entanto foi por intermédio de KenntthHagin, nascido em Texas Estados Unidos no ano de 1917,que o movimento criou força tendo hoje seguidores em todo o mundo. Isso se deu graças as experiências miraculosas vivenciadas por Hagin durante sua infância e adolescência. Ele acreditava que era necessário determinar e agir como se já tivesse recebido para poder acontecer. Suas publicações e influências diretas contribuíram para propagarem seus pensamentos heréticos.
O Brasil tem sido solo fértil para a prática de tais pensamentos. Infelizmente somos um povo ainda muito imaturo com relação as verdades Bíblicas, além do fato de devermos levar em consideração também o detalhe de sermos atraídos por novidades. Tudo isso é ferramenta importante e necessária nas mãos daqueles que querem comercializar essa verdade a favor de seus próprios interesses. Esse movimento adentrou em nossas fronteiras por volta dos anos noventas, por algumas instituições denominadas ditas “representantes religiosas”, que dentre muitas que podemos citar estão as seguintes: Igreja do Verbo da Vida, Comunidade Rema, Igreja do Verbo Vivo e em destaque R. R Soares líder da Igreja Internacional da Graça, sendo este responsável pelas publicações dos livros de Hagin. E por espantoso que possa parecer esta“ferrugem” tem se alastrado e corroído não só pequenas comunidades mas destruído muitos nascidos em ministérios tradicionais.
Em hebreus 11:1 “Ora a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem”. Esta é a definição de fé encontrada na palavra de Deus, mas como o Movimento da Fé tem explorado essa verdade? É conhecido do crente que a fé se faz necessária para nos aproximarmos de Deus, contudo o seu exagero desenfreado tem negligenciado a soberania do Altíssimo. Ensinar que o falar positivamente acerca dos fato determinará o seu acontecimento, é tão falso quanto falarmos negativamente e assim ocorrer. A bíblia mostra homens de Deus que em momentos de dificuldade pensaram de forma negativa porém seus pensamentos não se confirmaram. Ex: Jacó declara em Gn 42.36 “ José já não existe”, o fato dele ter feito essa declaração, não fez com que José morresse, da mesma forma podemos observar com Davi, em momento de receio “Disse, porém, Davi consigo mesmo: Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul...” O fato de ter pensado negativamente, não determinou o seu acontecimento. Sabe-se que precisamos ter fé ao orarmos, têm-se a crença também que o Deus que operou no passado continua ativo nos dias de hoje. A confissão positiva tem trocado a forma das orações, ensinando que deve-se exigir, determinar, decretar. As verdadeiras orações são regadas de súplicas, petições, rogando a Deus sem esquecer que será feita sempre a sua vontade. Hagin em uma de suas afirmações coloca a palavra pedir em pé de igualdade com a palavra exigir. Em João 14:13-14 Jesus diz, “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”. Em outra passagem no livro de Atos 3:3 ‘Vendo ele a Pedro e João ...,implorava que lhe desse uma esmola”. A passagem é clara e mostra que quem pede coloca-se em posição inferior a quem atenderá. Quem esmola pede e nunca exige.
SAÚDE
A confissão positiva afirma que os cristãos devem ter saúde perfeita, devendo orar positivamente para que isso aconteça, sabendo que a ausência de saúde representa falta de fé ou vida em pecado. Este tipo de declaração tem causado vários problemas, levando inclusive pessoas a abandonarem tratamentos medicamentosos, contribuído dessa forma para morte muitas pessoas.Não há dúvida que Deus cura enfermidades hora por meio de um milagre ou simplesmente usando de métodos criados por Ele e passado para o homem através do conhecimento. Levar as pessoas a abolirem suas visitas periódicas aos profissionais de saúde é no mínimo irresponsável. Duas passagens bíblicas são usadas na tentativa de sustentar a argumentação da saúde perfeita: Isaías 53:4-5 e 1 Pedro 2:24. Contudo essas duas referências a cura são distintas entre si a primeira trata da cura espiritual (citando a Septuaginta), enquanto a segunda, refere-se a cuca física(citando o texto hebraico massorético), conf. Mt 8:17, Cristo cumpriu a profecia dada pelo profeta Isaías.
Na Bíblia encontramos várias passagem que trazem exemplos de homens de Deus, de vida reta, cheios do Espírito e que mesmo assim enfrentaram enfermidades, como também, situações onde Jesus não curou a todos. Isso lembra-nos da soberania de Deus, Ele faz ou deixa de fazer, sem que para isso tenha que oferecer ou dáexplicações. Com isso mais uma vez é lançada por terra a tentativa de sustentabilidade usada pela confissão positiva.
Analisando a Bíblia:2Reis 13:14-21 “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, ...lançaram um homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés”. Estaria Eliseu em pecado para ficar enfermo e morrer? Ou teria ele fé insuficiente? O fato é que mesmo morto o poder de Deus o usou como ponte. O apóstolo Paulo ora a Deus para o livrar de um problema pessoal, e o Senhor o respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co12:7-10). Outro absurdo é a declaração de um pastor da confissão positiva Pr. Jorge Tadeu: “Deus só pode dar o que Ele tem. Para Deus lhe dar uma doença teria que pedi-la emprestada ao diabo”. A lepra de Miriãfoi provocada por Deus(Nm12:10).
PROSPERIDADE
A teologia da prosperidade afirma por meio dos seus ensinamento, que o cristão deve ter vida próspera, tendo o melhor que o dinheiro possa oferecer: carros; casas boas; contas bancárias recheadas e sempre no azul. As coisas boas são para os que creem. Ser pobre, andar de carro velho ou mesmo nem o tê-lo é sinônimo de pecado ou falta de fé. Esse pensamento nos coloca em uma posição contrária ao propósito para o qual fomos chamados, tira-nos da condição de servos, para sermos servidos pelo Senhor. A palavra de Deus não traz nenhuma proibição a riquezas, o problema estar em colocá-la como meta para vida cristã e sinal de evidência de santidade e fé.
Jesus nos deixou o modelo, sendo Ele o próprio Cristo não preocupou-se com bens materiais, nascido em família humilde, não teve se quer hospedagem a não ser uma estribaria tendo como leito uma simples manjedoura e ao ser apresentado no templo, a oferta entregue por sua mãe, em cumprimento à lei foi correspondente a oferta estabelecida para os pobres Lucas 2:24. Assim foi a vida de Cristo rodeada de simplicidade. Ao assumir seu ministério, abriu mão dos mínimos recursos e convívio com sua família para dedicar-se inteiramente a causa do Pai, passando a receber doações dos discípulos e das mulheres que o serviam com seus bens( Lc 8:1-3).
Chegando Pedro e João na porta do templo, respondeu Pedro ao homem: “Não possuo nem prata nem ouro...” (Lc 3:6).
As igrejas adeptas a teologia da prosperidade oferecem cada vez mais um cardápio variado para atender a crescente procura, onde o Altíssimo é o que menos importa, afinal os clientes não estão preocupados com a adoração, com o genuíno serviço ao Deus vivo, podendo ir com dia hora marcados. Ex: Quarta-feira 19h libertação; Sexta-feira prosperidade ou mesmo há quem ofereça na sexta descarrego a escolha é do cliente, vence quem melhor divulgar, pois a demanda existe. E nesses encontros vale tudo: Sabonete do amor; rosa ungida; água do rio Jordão; vinho do casamento; palitinho de picolé para determinar que o demônio entre no palito e você possa quebrá-lo literalmente; lenço com suor; raspa da madeira da cruz. E não para por aí, todos os dias surgem novidades por mais espantosas que pareçam.
CONCLUSÃO
A teologia da prosperidade ou pensamento positivo é heresia e seus líderes são qualquer coisa menos homens ou mulheres de Deus, pois não cumprem o propósito do discipulado de Cristo, antes estão preocupados em encher seus salões cada vez maiores e bem localizados com pessoas que carecem da Verdade e clamam por respostas. O cristianismo pregado por eles é cruel, malicioso e tem enganado muita gente. Pregam um evangelho de interesse sem compromisso com a obra redentora de Deus por meio de Cristo. Eles estão em vários lugares nas esquinas, grandes avenidas, ocupando espaços antes de entretenimento ou mesmo dentro de sua casa por meio da televisão usando de fala mansa, porém sem compromisso real com o Evangelho. Examinemos aquilo que está sendo oferecido, confrontemos com a Palavra de Deus e comamos do Alimento genuíno que só Cristo tem para oferecer.
REFERÊNCIAS
ROMEIRO, PAULO. Surpercrentes:o evangelho segundo KennrthHagin. 2ª ed revisada. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.
ALMEIDA, JOÃO FERREIRA. Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri-SãoPaulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.







quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ORDENAÇÃO FEMININA: O papel da mulher no corpo de Cristo -Massimo Oldani

ORDENAÇÃO FEMININA: O que a Biblia diz?
ORDENAÇÃO FEMININA: O papel da mulher no corpo de Cristo

                                                                                  Aluno  Massimo Oldani
Pr. Professor Jonas Silva

Resumo: A questão aqui a ser apresentada e eventualmente discutida é a posição, o melhor, o papel da mulher cristã na igreja dos dias atuais. A base do papel da mulher não surge e não surgiu hoje mas é encontrada no relato bíblico desde Genesis. Vemos consequentemente também os debates e opiniões sobre esse assunto que mais e mais está chegando a porta de nossas igrejas. Talvez não esteja ainda discutido e/ou proposto seriamente e claramente segundo as Escrituras, nos bancos e nos púlpito, mas creio vai ser um assunto que os cristãos brasileiros não podem deixar do lado ainda por muito tempo. Devemos assumir a responsabilidade de nossa posição de pensamento sobre o papel da mulher na igreja, respeitar outras posições teologicas mas estar firme naquilo que a Palavra de Deus diz a respeito do papel da mulher na igreja. (Is 40.8 “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.”  

Palavras-chave: governo eclesiástico, administração da palavra de Deus, autoridade, pastoras, diaconisas  
1 INTRODUÇÃO:
Governo eclesiástico: Segundo Calvino o poder eclesiástico só é legitimo se este servir a edificação da Igreja. Edificação, para o reformador, diz respeito à administração da Palavra de Deus. Tal poder pode ser bem definido como a administração da Palavra de Deus. Porque foi delimitado por Jesus Cristo, quando ele ordenou a seus apóstolos que ensinassem a todas as nações o que lhes havia ordenado. Lei esta que eu gostaria que os que devem governar a igreja de Deus conhecessem bem, isto é, que conhecessem bem os que lhes é ordenado. Dessa maneira, a dignidade dos verdadeiros pastores seria mantida integralmente, e os que tiranizassem com injustiça o povo de Deus não se gloriariam falsamente do seu poder. Observamos também que Calvino chama de pastores aqueles que exercem o poder eclesiástico. Em suma, para Calvino, a autoridade ou poder eclesiástico é dos que se ocupam do ministério da Palavra de Deus a quem ele chama de pastores. Não somente isto, mas a autoridade destes procede unicamente da Palavra de Deus. Ele explica: Eis aí o poder eclesiástico claramente exposto, poder outorgado aos pastores da igreja, qualquer que seja o nome pelo qual são chamados. O que se requer deles é que, pela Palavra de Deus, pela qual eles são constituídos administradores, corajosamente ousem enfrentar todas as coisas e constranjam toda glória, altivez e poder deste mundo a obedecer e a sucumbir à majestade divina; que pela mesma Palavra eles tenham o comando sobre todo o mundo, edifiquem a casa de Cristo e destruam o reino de Satanás; que apascentem as ovelhas e matem os lobos; que conduzam os dóceis mediante ensinamentos e exortações; que se imponham aos rebeldes e obstinados e os corrijam; que liguem e desliguem, tosquiem e fulminem; mas tudo baseados na Palavra de Deus.
Por que as mulheres não podem ser sacerdotes?
Os promotores do sacerdócio feminino procuraram argumentos de índole bem variada para sustentar sua proposta. Entre todos eles, se põem especial ênfase naqueles que manifestam maior seriedade. 1) Adaptação da Igreja às características da sociedade moderna: Depois de séculos de opressão, a mulher se situa hoje em uma atitude reivindicadora (o desejo de outorgar-lhes o sacerdócio não procede, entretanto, de uma emancipação feminista, senão que foi promovido por eclesiásticos, principalmente). A Igreja deve acolher institucionalmente e a todos os níveis essa atitude, e superar assim seu passado antifeminista. Aqui, é facilmente observável tão só uma concepção humana da Igreja, como se ela pudesse reiterar sua essência constitutiva. Sua estrutura fundamental não deriva da sociedade, ou da cultura, ou da mentalidade do seu tempo. A Igreja não pode pretender fazer-se acreditável ou aceitável para os homens deixando de lado o que ela é mesmo se houvesse uma maioria que reclamasse tal opção: como Cristo, será sempre o não da contradição, necessidade para alguns e escândalo para outro, fiel à vontade divino expressado pela Revelação, conservada em sua fé e em sua vida de modo contínuo e homogêneo, por vinte séculos, com a assistência do Espírito Santo. 2) Igualdade de direitos entre o homem e a mulher: É muito justo falar sobre a igualdade de direitos do homem e da mulher na sociedade civil, baseado na sua condição de pessoas, e baseado em que a natureza humana é uma e a mesma no homem e na mulher. Também é muito justo falar sobre a igualdade radical de todos os fiéis em Cristo: igualdade em sua comum dignidade de filhos de Deus pela graça, igualdade na vocação universal à santidade e a bem-aventurança no Céu, igualdade também do dever fundamental de cooperar ativamente na salvação das almas. Tudo isso comporta também uma certa igualdade de direitos na Igreja (entretanto aqui convêm ter uma certa cautela ao falar de direitos: porque, nesta ordem sobrenatural, dependem do que Deus tenha querido livremente conceder-lhe). Todos os fiéis -tanto o homem como a mulher- foram igualmente regenerados por Cristo no batismo e feitos participantes da sua missão salvadora. Entretanto, nenhum fiel, nem homem, nem mulher tem realmente nenhum direito ao sacerdócio ministerial. Como no caso da eleição dos apóstolos e do apóstolo dos gentios, é Deus quem chama ao sacerdócio a quem quer, quando quer e como quer: "Ninguém se atribua essa dignidade, se não é chamado por Deus, como Aarão". A ordenação sagrada não está na linha dos direitos dos fiéis, não é como o desenvolvimento do sacerdócio comum de todos. O sacerdócio ministerial é um dom peculiar, pelo que Cristo chama a alguns para que operem em Seu nome, com Sua autoridade, para prestar à Igreja um ministério peculiar. Como gratuitas e não devidas aos homens foram a Encarnação e Redenção, gratuitas e não devidas são as condições estabelecidas por Deus para escolher a alguns para o ministério sacerdotal. Isso não se opõe a igualdade fundamental dos fiéis, nem divide aos cristãos em duas categorias: argumentar de outro modo seria cair em um clericalismo demagógico. 3) A proibição procede de uma cultura e uma mentalidade pagã: Os promotores do sacerdócio feminino argumentam que Cristo escolheu somente homens pelas condições sociais da época e da influência da mentalidade pagã. A escolha de homens seria simplesmente um acontecimento histórico superável. Ainda mais, mesmo que houvesse influências pagãs na primitiva cristandade -dizem-, se conferem determinados ministérios às mulheres. O Senhor escolheu como apóstolos a doze homens. Havia mulheres que o seguiam e serviam - algumas mais fiéis e enérgicas que os apóstolos-, mas não as chamou para o ministério sacerdotal. Por outro lado é vão afirmar que a eleição exclusiva de homens foi um acidente e não uma manifestação de uma vontade querida e perdurável: a Palavra de Deus. A menção de que a mentalidade pagã dificultava a elevação da mulher ao magistério sacerdotal, está mal fundamentada, logo não é certa: precisamente no mundo pagão contemporâneo da Igreja primitiva eram frequentes as sacerdotisas, as vestais, etc., entretanto, as diaconisas da Igreja realizavam somente ofícios assistenciais, de preparação catequética, etc. Não há precedente algum do sacerdócio da mulher.
Ordenação de Pastora : O que a Bíblia diz?
. O que nos preocupa é que a pergunta “Podem mulheres ser ordenadas para servir como pastoras e diaconisas?” nem sempre tem sido respondida em termos de exegese bíblica das passagens do Novo Testamento que estão diretamente relacionadas com o assunto. Em última análise, só podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma mulher, nem que era uma “apóstola”, e muito menos uma como os Doze ou Paulo. A passagem, portanto, não serve como evidência bíblica para a ordenação feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência indisputável a uma “apóstola” no Novo Testamento. Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de funções nesta passagem, (Gl 3.28) ou seja, se está dizendo que as mulheres podem exercer os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé. Paulo escreveu Gálatas para responder a questões levantadas pela doutrina da justificação pela fé em Cristo em face às demandas da lei de Moisés, e ao papel da circuncisão, do calendário religioso dos judeus, e das suas leis dietárias. No capítulo 3 Paulo está expondo o papel da lei de Moisés dentro da história da salvação, que foi o de servir de aio, para nos conduzir a Cristo (Gl 3.23-24). Com a vinda de Cristo, continua o apóstolo, os da fé não mais estão subordinados à lei de Moisés: pelo batismo pertencem a Cristo (3.25-27). A abolição das diferenças mencionadas no versículo em questão (3.28) é em relação à justificação pela fé. Todos, independente da sua raça, cor, posição social e sexo, são recebidos por Deus da mesma maneira: pela fé em Cristo. Portanto, Gálatas 3.28 não está tratando do desempenho de papéis na igreja e na família, mas da nossa posição diante de Deus. O assunto de Paulo, portanto, não são as funções que homens e mulheres desempenham na Igreja de Cristo, mas a posição que todos os que creem desfrutam diante de Deus, isto é, herdeiros de Abraão e filhos de Deus. Quem defende o pastorado feminino cita esta passagem (At 2.16-18) do sermão de Pedro, no dia de Pentecostes, quando ele cita o profeta Joel para explicar o que acabara de acontecer consigo, e com os demais discípulos de Jesus em Jerusalém, quando o Espírito Santo veio sobre eles (At 2.1-4). Pedro inclui as filhas e as servas, tanto quanto os filhos e servos na recepção do dom do Espírito Santo. Então argumentam-se que não pode haver qualquer distinção quanto ao serviço a Deus baseada em sexo, já que as mulheres receberam o mesmo Espírito (e certamente, os mesmos dons) que os homens, o qual foi dado para capacitar a Igreja ao serviço. Pentecostes argumentam-se, é a abolição das distinções de gênero na Igreja, pois ao dar às mulheres o mesmo Espírito que aos homens, Deus mostrou que elas devem ser admitidas aos mesmos níveis de serviço que eles. . Se as mulheres exerceram os mesmos ministérios que os homens no período da Igreja apostólica, por que não há nenhuma menção no Novo Testamento de apóstolas, pastoras ou bispas? Por que não há qualquer recomendação de Paulo quanto à ordenação de mulheres, quando instrui Timóteo e Tito quanto à ordenação de presbíteros? Basta uma leitura superficial das qualificações exigidas por Paulo em 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 para se ter à impressão de que o apóstolo tinha em mente a ordenação de homens: o oficial deve ser marido de uma só esposa, deve governar bem a sua casa e seus filhos (função do homem, nos escritos de Paulo, cf. Efésios 5.22-24). Passagens do Novo Testamento que impõem restrições ao Ministério feminino: Vejamos outras passagens do Novo Testamento igualmente relevantes para a discussão, e que impõem restrições ao ministério feminino nas igrejas locais. É verdade que nenhuma delas diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas como, pastoras, ou bispas. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1 Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres. Cabeça: autoridade sem superioridade (I Co 11. 3-16) A argumentação de Paulo para fundamentar sua orientação vem de duas direções. Primeiro, Paulo argumenta teologicamente, a partir da subordinação de Deus Filho a Deus Pai. O Pai é o cabeça de Cristo, que por sua vez, é o cabeça do homem, e o homem o cabeça da mulher. Tomando-se (“cabeça”) em seu sentido mais natural, de “autoridade”, o que temos é uma declaração de Paulo de que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o homem tem autoridade sobre a mulher. Assim como Pai e Filho, que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer desvalorização ou inferiorização da mulher. O conceito de subordinação de uns a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual ordenou a sociedade, a família e a igreja. A passagem de I Timóteo 2. 11-15 é provavelmente a passagem mais importante para a discussão sobre o ministério feminino ordenado. A interpretação histórica da passagem é que, aqui, o apóstolo Paulo determina que as mulheres crentes de Éfeso aprendam a doutrina cristã em silêncio, submetendo-se à autoridade eclesiástica dos que ensinam — no contexto, homens (v.11). A causa apresentada pelo apóstolo é dupla: Deus primeiro formou o homem, e depois a mulher (v.13). E ela foi iludida por Satanás e pecou (v. 14). . O que Paulo quer dizer com “ensinar”? O ensino de Paulo neste versículo torna-se mais claro quando entendido à luz desta reconstrução. Vejamos com mais detalhes alguns dos pontos mais decisivos de 1 Timóteo 2.12: Primeiro, Paulo diz não permitir que a mulher ensine nas igrejas. Ensinar, no Novo Testamento é uma atividade bem ampla. Todos os cristãos podem ensinar, quer, por exemplo, quer pelo seu testemunho, quer em conversação. O próprio apóstolo determina que as mulheres idosas ensinem as mais novas a amarem seus maridos (Tt 2.3-5). Assim, fica claro que Paulo não está passando uma proibição geral. Mas, então, o que ele está proibindo? Transparece do texto que ele não permite que a mulher, em posição de autoridade, ensine os homens. Nas Cartas Pastorais, ensinar sempre tem o sentido restrito de instrução doutrinária autoritativa, feita com o peso da autoridade oficial dos pastores e presbíteros (1 Tm 4.11; 6.2; 5.17). Ao que tudo indica, algumas mulheres da igreja de Éfeso, insufladas pelo ensino dos falsos mestres, estavam querendo essa posição oficial para ensinar nas assembléias cristãs. Paulo, porém, corrige a situação determinando que elas não assumam posição de liderança autorizada nas igrejas, para ensinarem doutrina cristã nos cultos, onde certamente homens estariam presentes. Paulo não está proibindo todo e qualquer tipo de ensino feito por mulheres nas igrejas. Profetizas na igreja apostólica certamente tinham algo a dizer aos homens durante os cultos. Para o apóstolo, a questão é o exercício de autoridade sobre homens, e não o ensino. O ministério didático feminino, exercido com o múnus da autoridade que ofícios de pastor e presbítero emprestam, seria uma violação dos princípios que Paulo percebe na criação e na queda. O ensinar que Paulo não permite é aquele em que a mulher assume uma posição de autoridade eclesiástica sobre o homem. Isso é evidente do fato que Paulo fundamenta seu ensino nas diferenças com que homem e mulher foram criados (v. 13), e pela frase “autoridade sobre o homem” (v. 12b). Um equivalente moderno seria a ordenação como ministro da Palavra, para pregar a Palavra de Deus numa igreja local. O que Paulo quer dizer com “exercer autoridade”? A palavra em questão encaxa-se no  contexto geral do ensino paulino, onde a autoridade didática e o governo nas igrejas é função dos homens cristãos. A proibição de exercer autoridade sobre os homens exclui as mulheres do ofício de presbítero, que é essencialmente o de governar e presidir a casa de Deus (1 Tm 3.4-5; 5.17), embora não as exclua de exercer outras atividades nas igrejas. O caráter permanente do ensino de Paulo: Uma outra consideração é que Paulo, tanto em 1 Coríntios 11 quanto em 1 Timóteo 2, fundamenta sua orientação quanto ao comportamento apropriado das mulheres cristãs nas igrejas, não em considerações condicionadas culturalmente, mas em princípios inerentes à própria humanidade. Após proibir que as mulheres ensinem e exerçam autoridade sobre os homens (1 Tm 2.12), Paulo dá a causa para sua proibição nos versos 13 e 14. O primeiro é baseado na forma como Deus criou o homem e a mulher, ou seja, o homem foi criado primeiro (v. 13). A sequência temporal  para Paulo, tem significado teológico e implicações práticas quanto ao ministério feminino na Igreja de Cristo. O fato de que o homem foi criado primeiro indica sua liderança sobre a mulher. E o fato de que a mulher foi criada em seguida, como auxiliadora, indica sua posição de submissão (cf. Gênesis 2). Para o apóstolo, se uma mulher ensina (prega) doutrina com autoridade sobre homens, está violando este princípio inerente à criação. É importante observar que Paulo enraíza sua proibição nas circunstâncias da criação, e não da queda, somente. Portanto,  observa-se,  ele não considera estas restrições sobre as mulheres como sendo apenas resultado da queda, e portanto, também não espera-se que sejam removidas com a redenção que há em Cristo. O segundo motivo é fundamentado no fato de que não foi Adão, mas sim Eva, quem foi iludida por Satanás e desobedeceu a ordem de Deus (v.14). Para alguns, Paulo está citando a maneira pela qual o primeiro casal caiu em pecado para mostrar que a mulher é mais crédula ao erro religioso, e mais susceptível de ser enganada por Satanás (cf. 2 Co 11.3); portanto, não deve ocupar funções de ensino doutrinário nas igrejas, para que não caiam em heresia, e induzam outros. Embora possa haver alguma verdade neste pensamento, é mais provável que Paulo esteja citando o incidente para mostrar o que ocorreu quando Eva tomou a liderança que havia sido dada a Adão. Uma leitura cuidadosa de Gênesis 3 mostra como a mulher entrou em diálogo com o tentador (Gn 3.1-5), e como, assumindo a liderança, tomou do fruto e deu-o a seu marido, levando-o ao pecado (3.6). As palavras do Senhor Deus ao homem, “porque atendeste a voz da tua mulher” (3.17), soam, assim, como uma repreensão por Adão ter aceitado a liderança da sua esposa na transgressão. E o castigo imposto por Deus à mulher, de que seria dominada pelo homem, encaixa-se com essa dimensão do pecado da mulher (3.16). Portanto, o que Paulo quer mostrar em 1 Timóteo 2.13, não é que o homem não peca, ou que não pode ser enganado por Satanás, mas sim, o que ocorre quando homem e mulher revertem os papéis que Deus lhes determinou. O apelo de Paulo às Escrituras demonstra que, para ele, as causas dos diferentes papéis do homem e da mulher estão enraizadas nas circunstâncias em que a criação e a queda aconteceram, e não em demandas provisórias das igrejas e nem em aspectos culturais da época. Resalta-se demonstrar a importância de levarmos em conta o ensino do Novo Testamento no debate acerca do ministério feminino ordenado. A  análise das passagens mais usadas para defender a ordenação de mulheres ao pastorado demonstrou que elas não dão suporte às essas pretensões,  embora certamente nos ensinem que devemos encorajar e defender o ministério feminino em nossas igrejas. Por outro lado, essa análise das três principais passagens usadas como evidência de que Deus não intentou que as mulheres cristãs ministrassem nas igrejas aos homens, de uma posição de autoridade, quer ensinando-os ou governando-os, mostrou que a interpretação destas passagens encaixa-se nos seus contextos, honra a aplicabilidade dos princípios bíblicos para nossos dias, e responde satisfatoriamente às objeções. A conclusão é que não há respaldo bíblico suficiente para que se recebam mulheres ao pastorado ou bispado de igrejas cristãs locais, onde irão, como tais, presidir, governar, e ensinar doutrina aos homens. Na realidade, as evidências bíblicas apontam em outra direção. Estas passagens não podem ser ignoradas pelos que almejam o ministério ordenado de mulheres nas igrejas evangélicas do Brasil.  Os presbíteros exerciam a autoridade e o governo nas igrejas, mas não eram absolutos. Poderiam ser repreendidos, se falhassem (1 Tm 5.19-20), e deveriam exercer sua autoridade não como dominadores, mas como exemplos (1 Pe 5.5). Sua autoridade era limitada pelo ensino de Jesus e dos apóstolos, que hoje se encontram nas Escrituras. Não poderiam ir de encontro a este ensino, como hoje presbíteros, conselhos e concílios em geral também não podem. Nenhum concílio eclesiástico, argumentando a partir das mudanças sociais do tempo presente, tem poderes para ir além da Escritura, ou contradize-la, ordenando mulheres como pastoras ou bispas. Como cristãos, que somos, devemos nos perguntar  qual é a perfeita vontade de Deus para a mulher na família, na sociedade e na igreja? Será que Deus tem mesmo se agradado deste movimento conhecido, mundialmente, como feminismo? Ou será que à luz das Escrituras Sagradas, este movimento, que hoje, está seduzindo muitas mulheres, até dentro de igrejas, que professam a fé cristã, não é a mesma mentira do Éden, apenas com uma nova roupagem? Examinemos as Escrituras: (Gn 3:4,5). E não é o feminismo a mesma oferta da serpente, agora querendo igualá-la ao homem, que é a imagem e glória de Deus?: “ O varão, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do varão.” (1Cor:11:7). A Bíblia nos deixa claro, que foi o próprio Deus que elegeu o homem para liderar a família e, também para governar o seu povo, e quando isto não acontece, podemos ter certeza que já estamos em juízo, e não que ele (o Senhor), se agrada que mulheres estejam na liderança do seu povo: “ Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:11). Portanto, o assunto que iremos tratar a seguir, fala, mais especificamente, da posição da mulher na igreja do Senhor Jesus; não é questão de “machismo”, como muitos podem dizer, e muito menos de “feminismo”, e sim de obedecer ou desobedecer a Deus Criador dos céus e da terra. Desde o marco inicial da nossa história, o que Deus nos pede é obediência, mediante a fé, em sua santa palavra, como verdade absoluta. A ordem de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, foi dada por Deus diretamente ao homem, e não a mulher. (Gn 2.17) O relato bíblico que nos deixa claro que a obrigação de orientar e ensinar a mulher nos caminhos do Senhor é responsabilidade do homem, não o contrário, e quando isto não acontece no lar e nem na igreja é, com certeza, incorrer na mesma transgressão do Éden. Será que Deus (que não muda), permite que, hoje, mulheres assumam posição de liderança nas igrejas? Ou será que pastores, que afirmam que receberam uma “nova unção”, tem mais autoridade, que a própria autoridade das Escrituras Sagradas e podem, agora, “consagrar” mulheres para o ministério pastoral? O que temos observado nestes últimos dias, nada mais é , que o cumprimento da palavra também revelada, de que viria o tempo em que a sã doutrina não seria sofrida (2Tm 4:3,4), e que antes da volta do Senhor, para buscar o seu povo, viria a APOSTASIA: “ Ninguém de maneira alguma, vos engane, porque não será assim, sem que antes venha a apostasia…”(2Ts2:3a). Apostasia que, literalmente, significa “desvio”, “afastamento” e “abandono”, ou seja, nestes últimos dias, um grande número de pessoas, nas igrejas, tem se apartado, da verdade bíblica, e ainda assim, acreditam, que é possível servir a Deus, desobedecendo a sua palavra. . A Bíblia faz referência às mulheres profetizas, juízas, rainhas e etc, mas nada sobre sacerdotisas, e sabe por que? Porque Deus não é Deus de confusão: “ Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1Cor 14:33). O apóstolo Paulo, em algumas de suas epístolas, se preocupa com o relacionamento correto entre o homem e a mulher, e procura manter este relacionamento como Deus ordenou. Ele ensina que em Cristo há perfeita igualdade espiritual entre o homem e a mulher, como herdeiros da graça de Deus, mas é uma igualdade que envolve a ordem e subordinação, no tocante à autoridade (Gl 3:28). A subordinação da mulher não é o rebaixamento da pessoa, pelo contrário, ela mostra que o homem deve reconhecer o grande valor que Deus atribui a mulher, e que é responsabilidade dele amá-la, protegê-la e orientá-la, de tal maneira, que a vontade de Deus para ela no lar e na igreja seja cumprida. E, hoje, muitas “pastoras” querendo justificar, com base bíblica, a sua posição de liderança nas igrejas, citam o fato de Débora ter assumido posição de liderança em Israel: “ E Débora, mulher profetiza, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.” (Jz 4:4). Mas o trecho bíblico fala por si só: Débora foi profetiza e juíza, ela não foi sacerdotisa e o fato de Deus ter usado uma mulher para livrar o seu povo da opressão dos seus inimigos: “ E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra pelo caminho que levas; pois à mão de uma mulher o SENHOR venderá a Sísera. (Jz 4.9) Débora, mulher valorosa e virtuosa, foi um “tipo” da Igreja do Senhor Jesus para os últimos dias. Ela cumpriu com determinação e obediência as atribuições que lhe foram dadas pelo Senhor, pois agiu, com fidelidade, exatamente, como muitas santas mulheres em nossos dias, verdadeiras cooperadoras e ajudadoras na obra do Senhor. “Então disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia em que o SENHOR tem dado a Sísera na tua mão.” ( Jz 4:14).  Débora, mesmo na condição de juíza e profetisa em Israel, ela ainda assim, reconheceu a sua sujeição ao “inseguro” Baraque, quando disse que o Senhor tinha dado Sísera na mão dele e não na sua, pois como mulher de Deus que era, ela sabia que o Senhor elegera os homens para liderarem seu povo (Is 3:12 a 14), e não mulheres. Em nenhuma parte da Bíblia vemos o ministério pastoral feminino, ainda que a mulher desempenhe um trabalho que se aproxime do ministério pastoral, contudo não a torna uma pastora. Mais uma objeção frequente a esta interpretação sobre mulheres no ministério é em relação a mulheres que ocupavam posições de liderança na Bíblia, principalmente Miriã, Débora e Hulda no Antigo Testamento. Esta objeção falha em perceber alguns fatores relevantes. Primeiro, Débora era a  única juíza entre 13 juízes homens. Hulda era a única profeta mulher entre dúzias de profetas homens mencionados na Bíblia. A única ligação de Miriã com a liderança era por ser irmã de Moisés e Arão. As duas mulheres mais importantes do tempo dos reis foram Atalia e Jezabel – péssimos exemplos de boa liderança feminina. Mais importante ainda, porém, a autoridade das mulheres no Antigo Testamento não é relevante para a questão. O livro de 1 Timóteo e as Epístolas Pastorais apresentam um novo paradigma para a igreja – o corpo de Cristo – e esse paradigma envolve a estrutura de autoridade para a igreja, não para a nação de Israel ou de qualquer outra entidade do Antigo Testamento. Argumentos semelhantes são feitos usando Priscila e Febe no Novo Testamento. Em Atos 18, Priscila e Áquila são apresentados como ministros fiéis de Cristo. O nome de Priscila é mencionado primeiro, talvez indicando que fosse mais “importante” no ministério do que o seu marido. No entanto, Priscila em nenhum lugar é mencionada como participando de uma atividade ministerial que estivesse em contradição com 1 Timóteo 2:11-14. Priscila e Áquila trouxeram Apolo à sua casa e o discipularam, explicando-lhe a Palavra de Deus com mais precisão (Atos 18:26). Em Romanos 16:1, mesmo que Febe seja considerada uma “diaconisa” ao invés de “serva”, isto não indica que fosse uma mestra na igreja. “Apto a ensinar” é dado como uma qualificação aos presbíteros, mas não aos diáconos (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:6-9). (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:6-9). Os anciãos/bispos/diáconos são descritos como “maridos de uma só esposa”, “um homem cujos filhos creem” e “homem digno de respeito”. É bem claro que essas qualificações se referem a homens. Além disso, em I Timóteo 3:1-13 e Tito 1:6-9, apenas pronomes masculinos são usados para se referir a anciãos/bispos/diáconos. Deus ordenou que somente homens servissem em posições de autoridade de ensino espiritual na igreja. Isto não é porque os homens sejam necessariamente melhores professores ou porque as mulheres sejam inferiores ou menos inteligentes (o que não é o caso). É simplesmente a maneira que Deus designou para o funcionamento da igreja. Os homens devem dar o exemplo na liderança espiritual – em suas vidas e através de suas palavras. As mulheres devem ter um papel de menos autoridade. As mulheres são encorajadas a ensinar a outras mulheres (Tito 2:3-5). A Bíblia também não restringe as mulheres de ensinarem crianças. A única atividade que as mulheres são impedidas de fazer é ensinar ou ter autoridade espiritual sobre homens. Isto logicamente inclui mulheres servindo como pastoras e pregadoras. Isto não faz, de jeito algum, com que as mulheres sejam menos importantes, mas, ao invés, dá a elas um foco ministerial mais de acordo com o dom que lhes foi dado por Deus.
Referencias:
Calvino, Joao; 2006, As Institutas
Traduçao: Odayr Olivetti, Cultura Cristã, São Paulo
V. 4, Cap. XV – 43 – Poder Eclesiástico
htpp/acidigital.com
htpp/assessoriadedireito.wordpress.com
htpp/cacp.org.br. .



















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