sábado, 28 de setembro de 2013

ARGUMENTO COSMOLOGICO – KALAM - Valdir de Jesus Carvalho

ARGUMENTO COSMOLOGICO – KALAM
Valdir de Jesus Carvalho
Seminarista do III ano do Curso de Teologia do Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste

Palavras chaves: Argumento, Cosmológico, Ghazali, Premissa, Kalam.


RESUMO

O argumento Cosmológico é o argumento a partir da criação ao criador, a posteriori, do efeito à causa, e é baseado no principio da causalidade, onde afirma que todo evento tem uma causa, ou que tudo que começa tem uma causa.
O argumento Kalam, é uma forma horizontal, (linear), de argumento cosmológico.
O universo não é eterno, então deve ter tido uma causa. Essa causa deve ser Deus.
Esse argumento tem uma história longa e venerável entre filósofos islâmicos como Alfarabi, Al Ghazali e Avicena.

1 -  INTRODUÇÃO
O argumento Cosmológico é sem duvida o maior e mais brilhante dentro dos cincos argumentos. Estudar sobre o cosmo é um desafio não só da ciência, como muitos afirmam. É papel de um teólogo, apologeta juntamente com a ciência moderna auferir um sistema racional e lógico, ordenado que faça sentido aos fatos. Há muitas inverdades, obras grandiosas, “cientificas” que já produziram trabalharam em cima do cosmo. Desde os primeiros filósofos, o discurso de que o universo não teve um começo, é dom do acaso, veio do nada, é tão antigo como o homem. Hoje a ciência competente, “a boa ciência” admite e publica que o que conhecemos por universo nem sempre foi assim. Isto é, estar mais velho, em expansão. Com essa observação que deu fim a problemática se a matéria é eterna? Resta agora resolver se o universo é “obra do acaso” e se o “nada gerou alguma coisa.”
No decorrer do artigo tentaremos responder a mais fundamental e relevante pergunta, que por sinal é uma pedra no sapato dos ateus:
“Se Deus não existe, então por que existe alguma coisa em vez do nada?”.
2 – AL –GHAZALI
Teólogo mulçumano do século XII fez uma critica intimidadora da perspectiva dos filósofo intitulada “A incoerência dos Filósofos”. Nessa obra ele argumenta que a ideia de um universo sem principio é absurda, o universo tem que ter tido um principio e, uma vez que nada começa sem uma causa, deve ter tido um criador transcendente.
Em síntese podemos montar assim:
1-      Tudo que começa a existir tem uma causa;
2-      O universo começou a existir;
3-      Logo, o universo tem uma causa.
Analisando cada uma das premissas na sua ordem vejamos suas consistências e coerência uma com a outra:
2.1 PRIMEIRA PRIMISSA
“Tudo que começa a existir tem uma causa”.
Como pode algo existir a partir do nada?
É vão tentar justificar a matéria surgindo do “nada”.
1 – Algo não pode vir a existir a partir do nada, é tão absurda e superficial que fica impossível atingir a razão, a verdadeira ciência não alega tamanho problema.
Pode ser que às vezes alguns céticos respondam a isso dizendo que na física as partículas subatômicas (as chamadas “partículas virtuais”), vieram a existir do nada, ou existam certas teorias sobre a origem do universo que às vezes são descritas em revistas populares com a possibilidade de se torna algo do nada, de modo que o universo seria uma exceção ao ditado “nada é de graça”.
Em resposta aos céticos representa um deliberado abuso da ciência. As teorias de que estamos falando tem a ver com partículas que se originam como uma flutuação de energia contida no vácuo. Para a física moderna, o vácuo não é o que o leigo entende como “vácuo”, ou seja, como nada. Antes para a física o vácuo é um mar de energia flutuante regido pela luz da física e que tem uma estrutura física. Dizem a um leigo que com base nessas teorias, podemos dizer que algo veio do nada significa distorcê-la.
“ O nada é a total ausência do que quer que seja, até mesmo do próprio espaço”, portanto temos como “o nada é instável” ou o universo se encapsulou e passou a existir a partir do nada”, revela simplesmente tolice!
2 – Se algo veio a existir a partir do nada, então se torna inexplicável por que motivo qualquer coisa ou todas as coisas não vieram a existir a partir do nada. Porque uma bicicleta ou Beethoven ou um copo de cerveja simplesmente não surgem do nada? Por que somente o universo veio a existir do nada?
A esta altura é provável que os ateístas repliquem: “Tudo bem. Se tudo tem uma causa, qual é a causa de Deus?”
A primeira premissa não diz que tudo tem uma causa. Antes, ela diz que tudo que veio a existir tem uma causa, uma vez que nunca veio a existir, pois sempre existiu.
Al-Ghazali, portanto, responderia essa pergunta dizendo que Deus é eterno e não causado. Essa não é uma alegação especialmente criada para Deus, pois é exatamente isso que os ateístas têm dito tradicionalmente a respeito do universo: ele é eterno e não criado. A questão é que temos boas evidencias de que o universo não é eterno, não teve origem, e assim os ateístas se veem num beco sem saída quando dizem que o universo passou a existir sem uma causa, o que é um absurdo.
2.2 SEGUNDA PREMISSA
Um dos argumentos mais polêmicos, uma vez que diz que o universo começou a existir.
2.2.1 Primeiro argumento filosófico:
“Não pode haver um número atualmente infinito de coisas”
Al-Ghazali, argumentava que, o universo nunca tivesse tido uma origem. No entanto segundo ele, não pode haver um número infinito de coisas.
Al-Ghazali, reconhecia que um número potencialmente infinito de coisas pudesse existir, mas negava que um número atualmente infinito de coisas pudesse existir.
Vejamos:
Infinidade potencial vs. Infinidade atual.
Quando dizemos que algo é potencialmente infinito, o infinito serve meramente como um limite ideal que nunca é alcançado.
Al-ghazali não tinha problemas com a existência de infinitos meramente potenciais, pois estes são apenas limites ideais. No entanto quando se trata de um infinito atual, estamos tratando de um conjunto que não está em crescimento em direção ao infinito como limite, mas que já está completo: o número de elementos que já integram o conjunto maior do que qualquer número finito.
2.2.2 Segundo argumento filosófico:
“Você não pode passar por um número infinito de elementos um de cada vez”
Al-Ghazali tem um segundo e independente argumento para explicar a origem do universo.
Contando até o infinito (ou a partir dele)
Segundo Al-Ghazali, a cadeia de eventos passados se formou pelo acréscimo de um vento em seguida outro. Essa cadeia é como uma fileira de dominós, que seria a nossa época, porem nenhuma sequencia formada pelo acréscimo de um elemento depois do outro pode ser um finito atual, pois você não poderia passar por um número infinito de elementos de cada vez.
Isso é fácil de ver quando se tenta contar até o infinito. Não importa até que ponto você consiga chegar, pois sempre restará um número infinito para contar. Mas assim, se um número infinito tivesse que cair primeiro o último dominó jamais poderia cair. Assim não poderíamos chegar à época, ao dia de hoje. Mas obviamente chegamos! Isso mostra que a cadeia de eventos passados deve ser finita e ter tido um começo, uma origem.
2.2.3 Primeiro argumento cientifica:
 A - A Expansão do universo
Um dos mais espantosos avanços da moderna astronomia, que Al-Ghazali jamais teria antecipado, é o fato de que agora temos fortes evidências cientificas em favor da origem do universo. Sim a ciência fornece uma das mais dramáticas evidências em favor da segunda premissa do argumento cosmológico kalam. A primeira confirmação cientifica de que houve uma origem vem da expansão do universo.
B - O “Big Bang”
Ao longo de toda a história, a humanidade assumia que o universo como um todo era imutável. É evidente que as coisas no universo se movimentavam e mudavam, mas o universo em si ficava lá, imutável, por assim dizer.
Esse pressuposto também valia para Albert Einstein, quando ele começou a aplicar ao universo, em 1917, a sua nova teoria da gravidade, chamada de “teoria geral da relatividade”.
2.2.4 Segundo argumento cientifico
A termodinâmica do universo
Como se isso já não bastasse, existe na verdade uma segunda confirmação da ciência sobre a origem do universo, proveniente da segunda lei da termodinâmica. Segundo essa lei, a menos que um sistema esteja recebendo energia, ele se tornará cada vez mais caótica, desordenado.
O fim do mundo
Já no século XIX, os cientistas perceberam que essa segunda lei da termodinâmica implicava em uma previsão sombria para o futuro do universo. Dando-se tempo suficiente, toda a energia do universo se espalhará de maneira uniforme por todo o universo. O universo se tornará como uma sopa de nada no qual nenhuma forma de vida será possível. Uma vez que o universo atinja esse Estado, não será possível qualquer mudança significativa. É um estado de equilíbrio no qual a temperatura e pressão são as mesmas em todo lugar. Os cientistas chamam esse estado de “morte térmica” do universo. Estamos em um estado de desequilíbrio em que ainda há energia disponível para ser usada e o universo possui uma estrutura ordenada.

CONCLUSÃO
Se o universo existe, foi provado que existiu um principio, o que o causou. Não veio do nada, devido à explicação absurda o “nada é nada”. Portanto Deus o causou e não foi causado, Ele não veio a existir – é eterno, atemporal. Sendo Deus o autor da criação, é mais obvio aceita-lo como a causa primeira. Temos a ciência que nos auxiliou e a coerência da observação. É a fácil crer nessa “causa primeira” do que crer em causas no acaso é cego e sem fundamento cientifico.
Deus existe, é o criador do universo é o mantenedor da ordem e beleza que nele existe.
Referencias;
Craig, William Lane – Em guarda, defendendo a fé cristã com razão e precisão, Vida Nova.
Geisler, Normam –Enciclopédia de Apologética – Ed. Vida  



TEOLOGIA DA PROSPERIDADE OU CONFISSÃO POSITIVA -George Henrique Cavalcanti de Araújo

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE OU CONFISSÃO POSITIVA
PROSPERITY THEOLOGYORPOSITIVECONFESSION
George Henrique Cavalcanti de Araújo1
Resumo: A teologia da prosperidade ou confissão positiva, com berço nos Estados Unidos, tem alcançado o mundo com seus pensamentos contrários à Palavra de Deus, tendo assim causado estragos significativos para a humanidade. Visando compreender o assunto, fez-se uma pesquisa bibliográfica, juntada a experiências práticas, a partir da qual encontrou-se como resultado o modelo implantado por tais líderes, que diz que um cristão maduro tem que desfrutar de: saúde perfeita e ser próspero materialmente, sendo sua fé e santidade fatores determinantes para a obtenção deste padrão. É necessário sondar setais práticas encontram apoio Bíblico ou apenas aproveitam-se de pessoas desprovidas da Verdade para engrossar suas fileiras.
Palavras-Chave: Fé. Saúde. Prosperidade.
Abstract: The theology of prosperity or positive confession, originated from the United States, has spread through the world with thoughts contrary to God's Word and thereby caused significant damage to humanity. To understand the matter, ​​a literary research was made, coupled with practical experiences, from which it was found as result the model implemented by such leaders, who say that a mature Christian has to be provided with: perfect health and material prosperity, being his faith and holiness factors for obtaining this standard. It is necessary to probe whether such practices are Biblical supported or just take advantage of people lacking of the Truth to thicken their ranks.
Keywords: Faith. Health. Prosperity.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trará uma visão panorâmica sobre a teologia da prosperidade ou confissão positiva, onde abordaremos assuntos que falam da sua origem, desenvolvimento e chegada ao brasil;Bem como os pilares de apoio utilizados por seus líderes para defenderem suas práticas. Confrontaremos suas afirmações com as verdades Bíblicas, buscando assim contribuir com o verdadeiro Cristianismo.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, acompanhada de experiências vividas em uma igreja onde me converti e fui membro por alguns anos.
ORIGEM
A confissão positiva tem sua origem nos Estados Unidos, tendo como pai William Kenyon, nascido em Nova York no ano de 1867 convertido entre 15 e 19 anos de idade. O mesmo foi influenciado por Mary Baker Eddy, fundadora da seita americana ciência cristã. No entanto foi por intermédio de KenntthHagin, nascido em Texas Estados Unidos no ano de 1917,que o movimento criou força tendo hoje seguidores em todo o mundo. Isso se deu graças as experiências miraculosas vivenciadas por Hagin durante sua infância e adolescência. Ele acreditava que era necessário determinar e agir como se já tivesse recebido para poder acontecer. Suas publicações e influências diretas contribuíram para propagarem seus pensamentos heréticos.
O Brasil tem sido solo fértil para a prática de tais pensamentos. Infelizmente somos um povo ainda muito imaturo com relação as verdades Bíblicas, além do fato de devermos levar em consideração também o detalhe de sermos atraídos por novidades. Tudo isso é ferramenta importante e necessária nas mãos daqueles que querem comercializar essa verdade a favor de seus próprios interesses. Esse movimento adentrou em nossas fronteiras por volta dos anos noventas, por algumas instituições denominadas ditas “representantes religiosas”, que dentre muitas que podemos citar estão as seguintes: Igreja do Verbo da Vida, Comunidade Rema, Igreja do Verbo Vivo e em destaque R. R Soares líder da Igreja Internacional da Graça, sendo este responsável pelas publicações dos livros de Hagin. E por espantoso que possa parecer esta“ferrugem” tem se alastrado e corroído não só pequenas comunidades mas destruído muitos nascidos em ministérios tradicionais.
Em hebreus 11:1 “Ora a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem”. Esta é a definição de fé encontrada na palavra de Deus, mas como o Movimento da Fé tem explorado essa verdade? É conhecido do crente que a fé se faz necessária para nos aproximarmos de Deus, contudo o seu exagero desenfreado tem negligenciado a soberania do Altíssimo. Ensinar que o falar positivamente acerca dos fato determinará o seu acontecimento, é tão falso quanto falarmos negativamente e assim ocorrer. A bíblia mostra homens de Deus que em momentos de dificuldade pensaram de forma negativa porém seus pensamentos não se confirmaram. Ex: Jacó declara em Gn 42.36 “ José já não existe”, o fato dele ter feito essa declaração, não fez com que José morresse, da mesma forma podemos observar com Davi, em momento de receio “Disse, porém, Davi consigo mesmo: Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul...” O fato de ter pensado negativamente, não determinou o seu acontecimento. Sabe-se que precisamos ter fé ao orarmos, têm-se a crença também que o Deus que operou no passado continua ativo nos dias de hoje. A confissão positiva tem trocado a forma das orações, ensinando que deve-se exigir, determinar, decretar. As verdadeiras orações são regadas de súplicas, petições, rogando a Deus sem esquecer que será feita sempre a sua vontade. Hagin em uma de suas afirmações coloca a palavra pedir em pé de igualdade com a palavra exigir. Em João 14:13-14 Jesus diz, “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”. Em outra passagem no livro de Atos 3:3 ‘Vendo ele a Pedro e João ...,implorava que lhe desse uma esmola”. A passagem é clara e mostra que quem pede coloca-se em posição inferior a quem atenderá. Quem esmola pede e nunca exige.
SAÚDE
A confissão positiva afirma que os cristãos devem ter saúde perfeita, devendo orar positivamente para que isso aconteça, sabendo que a ausência de saúde representa falta de fé ou vida em pecado. Este tipo de declaração tem causado vários problemas, levando inclusive pessoas a abandonarem tratamentos medicamentosos, contribuído dessa forma para morte muitas pessoas.Não há dúvida que Deus cura enfermidades hora por meio de um milagre ou simplesmente usando de métodos criados por Ele e passado para o homem através do conhecimento. Levar as pessoas a abolirem suas visitas periódicas aos profissionais de saúde é no mínimo irresponsável. Duas passagens bíblicas são usadas na tentativa de sustentar a argumentação da saúde perfeita: Isaías 53:4-5 e 1 Pedro 2:24. Contudo essas duas referências a cura são distintas entre si a primeira trata da cura espiritual (citando a Septuaginta), enquanto a segunda, refere-se a cuca física(citando o texto hebraico massorético), conf. Mt 8:17, Cristo cumpriu a profecia dada pelo profeta Isaías.
Na Bíblia encontramos várias passagem que trazem exemplos de homens de Deus, de vida reta, cheios do Espírito e que mesmo assim enfrentaram enfermidades, como também, situações onde Jesus não curou a todos. Isso lembra-nos da soberania de Deus, Ele faz ou deixa de fazer, sem que para isso tenha que oferecer ou dáexplicações. Com isso mais uma vez é lançada por terra a tentativa de sustentabilidade usada pela confissão positiva.
Analisando a Bíblia:2Reis 13:14-21 “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, ...lançaram um homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés”. Estaria Eliseu em pecado para ficar enfermo e morrer? Ou teria ele fé insuficiente? O fato é que mesmo morto o poder de Deus o usou como ponte. O apóstolo Paulo ora a Deus para o livrar de um problema pessoal, e o Senhor o respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co12:7-10). Outro absurdo é a declaração de um pastor da confissão positiva Pr. Jorge Tadeu: “Deus só pode dar o que Ele tem. Para Deus lhe dar uma doença teria que pedi-la emprestada ao diabo”. A lepra de Miriãfoi provocada por Deus(Nm12:10).
PROSPERIDADE
A teologia da prosperidade afirma por meio dos seus ensinamento, que o cristão deve ter vida próspera, tendo o melhor que o dinheiro possa oferecer: carros; casas boas; contas bancárias recheadas e sempre no azul. As coisas boas são para os que creem. Ser pobre, andar de carro velho ou mesmo nem o tê-lo é sinônimo de pecado ou falta de fé. Esse pensamento nos coloca em uma posição contrária ao propósito para o qual fomos chamados, tira-nos da condição de servos, para sermos servidos pelo Senhor. A palavra de Deus não traz nenhuma proibição a riquezas, o problema estar em colocá-la como meta para vida cristã e sinal de evidência de santidade e fé.
Jesus nos deixou o modelo, sendo Ele o próprio Cristo não preocupou-se com bens materiais, nascido em família humilde, não teve se quer hospedagem a não ser uma estribaria tendo como leito uma simples manjedoura e ao ser apresentado no templo, a oferta entregue por sua mãe, em cumprimento à lei foi correspondente a oferta estabelecida para os pobres Lucas 2:24. Assim foi a vida de Cristo rodeada de simplicidade. Ao assumir seu ministério, abriu mão dos mínimos recursos e convívio com sua família para dedicar-se inteiramente a causa do Pai, passando a receber doações dos discípulos e das mulheres que o serviam com seus bens( Lc 8:1-3).
Chegando Pedro e João na porta do templo, respondeu Pedro ao homem: “Não possuo nem prata nem ouro...” (Lc 3:6).
As igrejas adeptas a teologia da prosperidade oferecem cada vez mais um cardápio variado para atender a crescente procura, onde o Altíssimo é o que menos importa, afinal os clientes não estão preocupados com a adoração, com o genuíno serviço ao Deus vivo, podendo ir com dia hora marcados. Ex: Quarta-feira 19h libertação; Sexta-feira prosperidade ou mesmo há quem ofereça na sexta descarrego a escolha é do cliente, vence quem melhor divulgar, pois a demanda existe. E nesses encontros vale tudo: Sabonete do amor; rosa ungida; água do rio Jordão; vinho do casamento; palitinho de picolé para determinar que o demônio entre no palito e você possa quebrá-lo literalmente; lenço com suor; raspa da madeira da cruz. E não para por aí, todos os dias surgem novidades por mais espantosas que pareçam.
CONCLUSÃO
A teologia da prosperidade ou pensamento positivo é heresia e seus líderes são qualquer coisa menos homens ou mulheres de Deus, pois não cumprem o propósito do discipulado de Cristo, antes estão preocupados em encher seus salões cada vez maiores e bem localizados com pessoas que carecem da Verdade e clamam por respostas. O cristianismo pregado por eles é cruel, malicioso e tem enganado muita gente. Pregam um evangelho de interesse sem compromisso com a obra redentora de Deus por meio de Cristo. Eles estão em vários lugares nas esquinas, grandes avenidas, ocupando espaços antes de entretenimento ou mesmo dentro de sua casa por meio da televisão usando de fala mansa, porém sem compromisso real com o Evangelho. Examinemos aquilo que está sendo oferecido, confrontemos com a Palavra de Deus e comamos do Alimento genuíno que só Cristo tem para oferecer.
REFERÊNCIAS
ROMEIRO, PAULO. Surpercrentes:o evangelho segundo KennrthHagin. 2ª ed revisada. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.
ALMEIDA, JOÃO FERREIRA. Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri-SãoPaulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.







quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ORDENAÇÃO FEMININA: O papel da mulher no corpo de Cristo -Massimo Oldani

ORDENAÇÃO FEMININA: O que a Biblia diz?
ORDENAÇÃO FEMININA: O papel da mulher no corpo de Cristo

                                                                                  Aluno  Massimo Oldani
Pr. Professor Jonas Silva

Resumo: A questão aqui a ser apresentada e eventualmente discutida é a posição, o melhor, o papel da mulher cristã na igreja dos dias atuais. A base do papel da mulher não surge e não surgiu hoje mas é encontrada no relato bíblico desde Genesis. Vemos consequentemente também os debates e opiniões sobre esse assunto que mais e mais está chegando a porta de nossas igrejas. Talvez não esteja ainda discutido e/ou proposto seriamente e claramente segundo as Escrituras, nos bancos e nos púlpito, mas creio vai ser um assunto que os cristãos brasileiros não podem deixar do lado ainda por muito tempo. Devemos assumir a responsabilidade de nossa posição de pensamento sobre o papel da mulher na igreja, respeitar outras posições teologicas mas estar firme naquilo que a Palavra de Deus diz a respeito do papel da mulher na igreja. (Is 40.8 “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.”  

Palavras-chave: governo eclesiástico, administração da palavra de Deus, autoridade, pastoras, diaconisas  
1 INTRODUÇÃO:
Governo eclesiástico: Segundo Calvino o poder eclesiástico só é legitimo se este servir a edificação da Igreja. Edificação, para o reformador, diz respeito à administração da Palavra de Deus. Tal poder pode ser bem definido como a administração da Palavra de Deus. Porque foi delimitado por Jesus Cristo, quando ele ordenou a seus apóstolos que ensinassem a todas as nações o que lhes havia ordenado. Lei esta que eu gostaria que os que devem governar a igreja de Deus conhecessem bem, isto é, que conhecessem bem os que lhes é ordenado. Dessa maneira, a dignidade dos verdadeiros pastores seria mantida integralmente, e os que tiranizassem com injustiça o povo de Deus não se gloriariam falsamente do seu poder. Observamos também que Calvino chama de pastores aqueles que exercem o poder eclesiástico. Em suma, para Calvino, a autoridade ou poder eclesiástico é dos que se ocupam do ministério da Palavra de Deus a quem ele chama de pastores. Não somente isto, mas a autoridade destes procede unicamente da Palavra de Deus. Ele explica: Eis aí o poder eclesiástico claramente exposto, poder outorgado aos pastores da igreja, qualquer que seja o nome pelo qual são chamados. O que se requer deles é que, pela Palavra de Deus, pela qual eles são constituídos administradores, corajosamente ousem enfrentar todas as coisas e constranjam toda glória, altivez e poder deste mundo a obedecer e a sucumbir à majestade divina; que pela mesma Palavra eles tenham o comando sobre todo o mundo, edifiquem a casa de Cristo e destruam o reino de Satanás; que apascentem as ovelhas e matem os lobos; que conduzam os dóceis mediante ensinamentos e exortações; que se imponham aos rebeldes e obstinados e os corrijam; que liguem e desliguem, tosquiem e fulminem; mas tudo baseados na Palavra de Deus.
Por que as mulheres não podem ser sacerdotes?
Os promotores do sacerdócio feminino procuraram argumentos de índole bem variada para sustentar sua proposta. Entre todos eles, se põem especial ênfase naqueles que manifestam maior seriedade. 1) Adaptação da Igreja às características da sociedade moderna: Depois de séculos de opressão, a mulher se situa hoje em uma atitude reivindicadora (o desejo de outorgar-lhes o sacerdócio não procede, entretanto, de uma emancipação feminista, senão que foi promovido por eclesiásticos, principalmente). A Igreja deve acolher institucionalmente e a todos os níveis essa atitude, e superar assim seu passado antifeminista. Aqui, é facilmente observável tão só uma concepção humana da Igreja, como se ela pudesse reiterar sua essência constitutiva. Sua estrutura fundamental não deriva da sociedade, ou da cultura, ou da mentalidade do seu tempo. A Igreja não pode pretender fazer-se acreditável ou aceitável para os homens deixando de lado o que ela é mesmo se houvesse uma maioria que reclamasse tal opção: como Cristo, será sempre o não da contradição, necessidade para alguns e escândalo para outro, fiel à vontade divino expressado pela Revelação, conservada em sua fé e em sua vida de modo contínuo e homogêneo, por vinte séculos, com a assistência do Espírito Santo. 2) Igualdade de direitos entre o homem e a mulher: É muito justo falar sobre a igualdade de direitos do homem e da mulher na sociedade civil, baseado na sua condição de pessoas, e baseado em que a natureza humana é uma e a mesma no homem e na mulher. Também é muito justo falar sobre a igualdade radical de todos os fiéis em Cristo: igualdade em sua comum dignidade de filhos de Deus pela graça, igualdade na vocação universal à santidade e a bem-aventurança no Céu, igualdade também do dever fundamental de cooperar ativamente na salvação das almas. Tudo isso comporta também uma certa igualdade de direitos na Igreja (entretanto aqui convêm ter uma certa cautela ao falar de direitos: porque, nesta ordem sobrenatural, dependem do que Deus tenha querido livremente conceder-lhe). Todos os fiéis -tanto o homem como a mulher- foram igualmente regenerados por Cristo no batismo e feitos participantes da sua missão salvadora. Entretanto, nenhum fiel, nem homem, nem mulher tem realmente nenhum direito ao sacerdócio ministerial. Como no caso da eleição dos apóstolos e do apóstolo dos gentios, é Deus quem chama ao sacerdócio a quem quer, quando quer e como quer: "Ninguém se atribua essa dignidade, se não é chamado por Deus, como Aarão". A ordenação sagrada não está na linha dos direitos dos fiéis, não é como o desenvolvimento do sacerdócio comum de todos. O sacerdócio ministerial é um dom peculiar, pelo que Cristo chama a alguns para que operem em Seu nome, com Sua autoridade, para prestar à Igreja um ministério peculiar. Como gratuitas e não devidas aos homens foram a Encarnação e Redenção, gratuitas e não devidas são as condições estabelecidas por Deus para escolher a alguns para o ministério sacerdotal. Isso não se opõe a igualdade fundamental dos fiéis, nem divide aos cristãos em duas categorias: argumentar de outro modo seria cair em um clericalismo demagógico. 3) A proibição procede de uma cultura e uma mentalidade pagã: Os promotores do sacerdócio feminino argumentam que Cristo escolheu somente homens pelas condições sociais da época e da influência da mentalidade pagã. A escolha de homens seria simplesmente um acontecimento histórico superável. Ainda mais, mesmo que houvesse influências pagãs na primitiva cristandade -dizem-, se conferem determinados ministérios às mulheres. O Senhor escolheu como apóstolos a doze homens. Havia mulheres que o seguiam e serviam - algumas mais fiéis e enérgicas que os apóstolos-, mas não as chamou para o ministério sacerdotal. Por outro lado é vão afirmar que a eleição exclusiva de homens foi um acidente e não uma manifestação de uma vontade querida e perdurável: a Palavra de Deus. A menção de que a mentalidade pagã dificultava a elevação da mulher ao magistério sacerdotal, está mal fundamentada, logo não é certa: precisamente no mundo pagão contemporâneo da Igreja primitiva eram frequentes as sacerdotisas, as vestais, etc., entretanto, as diaconisas da Igreja realizavam somente ofícios assistenciais, de preparação catequética, etc. Não há precedente algum do sacerdócio da mulher.
Ordenação de Pastora : O que a Bíblia diz?
. O que nos preocupa é que a pergunta “Podem mulheres ser ordenadas para servir como pastoras e diaconisas?” nem sempre tem sido respondida em termos de exegese bíblica das passagens do Novo Testamento que estão diretamente relacionadas com o assunto. Em última análise, só podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma mulher, nem que era uma “apóstola”, e muito menos uma como os Doze ou Paulo. A passagem, portanto, não serve como evidência bíblica para a ordenação feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência indisputável a uma “apóstola” no Novo Testamento. Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de funções nesta passagem, (Gl 3.28) ou seja, se está dizendo que as mulheres podem exercer os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé. Paulo escreveu Gálatas para responder a questões levantadas pela doutrina da justificação pela fé em Cristo em face às demandas da lei de Moisés, e ao papel da circuncisão, do calendário religioso dos judeus, e das suas leis dietárias. No capítulo 3 Paulo está expondo o papel da lei de Moisés dentro da história da salvação, que foi o de servir de aio, para nos conduzir a Cristo (Gl 3.23-24). Com a vinda de Cristo, continua o apóstolo, os da fé não mais estão subordinados à lei de Moisés: pelo batismo pertencem a Cristo (3.25-27). A abolição das diferenças mencionadas no versículo em questão (3.28) é em relação à justificação pela fé. Todos, independente da sua raça, cor, posição social e sexo, são recebidos por Deus da mesma maneira: pela fé em Cristo. Portanto, Gálatas 3.28 não está tratando do desempenho de papéis na igreja e na família, mas da nossa posição diante de Deus. O assunto de Paulo, portanto, não são as funções que homens e mulheres desempenham na Igreja de Cristo, mas a posição que todos os que creem desfrutam diante de Deus, isto é, herdeiros de Abraão e filhos de Deus. Quem defende o pastorado feminino cita esta passagem (At 2.16-18) do sermão de Pedro, no dia de Pentecostes, quando ele cita o profeta Joel para explicar o que acabara de acontecer consigo, e com os demais discípulos de Jesus em Jerusalém, quando o Espírito Santo veio sobre eles (At 2.1-4). Pedro inclui as filhas e as servas, tanto quanto os filhos e servos na recepção do dom do Espírito Santo. Então argumentam-se que não pode haver qualquer distinção quanto ao serviço a Deus baseada em sexo, já que as mulheres receberam o mesmo Espírito (e certamente, os mesmos dons) que os homens, o qual foi dado para capacitar a Igreja ao serviço. Pentecostes argumentam-se, é a abolição das distinções de gênero na Igreja, pois ao dar às mulheres o mesmo Espírito que aos homens, Deus mostrou que elas devem ser admitidas aos mesmos níveis de serviço que eles. . Se as mulheres exerceram os mesmos ministérios que os homens no período da Igreja apostólica, por que não há nenhuma menção no Novo Testamento de apóstolas, pastoras ou bispas? Por que não há qualquer recomendação de Paulo quanto à ordenação de mulheres, quando instrui Timóteo e Tito quanto à ordenação de presbíteros? Basta uma leitura superficial das qualificações exigidas por Paulo em 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 para se ter à impressão de que o apóstolo tinha em mente a ordenação de homens: o oficial deve ser marido de uma só esposa, deve governar bem a sua casa e seus filhos (função do homem, nos escritos de Paulo, cf. Efésios 5.22-24). Passagens do Novo Testamento que impõem restrições ao Ministério feminino: Vejamos outras passagens do Novo Testamento igualmente relevantes para a discussão, e que impõem restrições ao ministério feminino nas igrejas locais. É verdade que nenhuma delas diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas como, pastoras, ou bispas. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1 Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres. Cabeça: autoridade sem superioridade (I Co 11. 3-16) A argumentação de Paulo para fundamentar sua orientação vem de duas direções. Primeiro, Paulo argumenta teologicamente, a partir da subordinação de Deus Filho a Deus Pai. O Pai é o cabeça de Cristo, que por sua vez, é o cabeça do homem, e o homem o cabeça da mulher. Tomando-se (“cabeça”) em seu sentido mais natural, de “autoridade”, o que temos é uma declaração de Paulo de que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o homem tem autoridade sobre a mulher. Assim como Pai e Filho, que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer desvalorização ou inferiorização da mulher. O conceito de subordinação de uns a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual ordenou a sociedade, a família e a igreja. A passagem de I Timóteo 2. 11-15 é provavelmente a passagem mais importante para a discussão sobre o ministério feminino ordenado. A interpretação histórica da passagem é que, aqui, o apóstolo Paulo determina que as mulheres crentes de Éfeso aprendam a doutrina cristã em silêncio, submetendo-se à autoridade eclesiástica dos que ensinam — no contexto, homens (v.11). A causa apresentada pelo apóstolo é dupla: Deus primeiro formou o homem, e depois a mulher (v.13). E ela foi iludida por Satanás e pecou (v. 14). . O que Paulo quer dizer com “ensinar”? O ensino de Paulo neste versículo torna-se mais claro quando entendido à luz desta reconstrução. Vejamos com mais detalhes alguns dos pontos mais decisivos de 1 Timóteo 2.12: Primeiro, Paulo diz não permitir que a mulher ensine nas igrejas. Ensinar, no Novo Testamento é uma atividade bem ampla. Todos os cristãos podem ensinar, quer, por exemplo, quer pelo seu testemunho, quer em conversação. O próprio apóstolo determina que as mulheres idosas ensinem as mais novas a amarem seus maridos (Tt 2.3-5). Assim, fica claro que Paulo não está passando uma proibição geral. Mas, então, o que ele está proibindo? Transparece do texto que ele não permite que a mulher, em posição de autoridade, ensine os homens. Nas Cartas Pastorais, ensinar sempre tem o sentido restrito de instrução doutrinária autoritativa, feita com o peso da autoridade oficial dos pastores e presbíteros (1 Tm 4.11; 6.2; 5.17). Ao que tudo indica, algumas mulheres da igreja de Éfeso, insufladas pelo ensino dos falsos mestres, estavam querendo essa posição oficial para ensinar nas assembléias cristãs. Paulo, porém, corrige a situação determinando que elas não assumam posição de liderança autorizada nas igrejas, para ensinarem doutrina cristã nos cultos, onde certamente homens estariam presentes. Paulo não está proibindo todo e qualquer tipo de ensino feito por mulheres nas igrejas. Profetizas na igreja apostólica certamente tinham algo a dizer aos homens durante os cultos. Para o apóstolo, a questão é o exercício de autoridade sobre homens, e não o ensino. O ministério didático feminino, exercido com o múnus da autoridade que ofícios de pastor e presbítero emprestam, seria uma violação dos princípios que Paulo percebe na criação e na queda. O ensinar que Paulo não permite é aquele em que a mulher assume uma posição de autoridade eclesiástica sobre o homem. Isso é evidente do fato que Paulo fundamenta seu ensino nas diferenças com que homem e mulher foram criados (v. 13), e pela frase “autoridade sobre o homem” (v. 12b). Um equivalente moderno seria a ordenação como ministro da Palavra, para pregar a Palavra de Deus numa igreja local. O que Paulo quer dizer com “exercer autoridade”? A palavra em questão encaxa-se no  contexto geral do ensino paulino, onde a autoridade didática e o governo nas igrejas é função dos homens cristãos. A proibição de exercer autoridade sobre os homens exclui as mulheres do ofício de presbítero, que é essencialmente o de governar e presidir a casa de Deus (1 Tm 3.4-5; 5.17), embora não as exclua de exercer outras atividades nas igrejas. O caráter permanente do ensino de Paulo: Uma outra consideração é que Paulo, tanto em 1 Coríntios 11 quanto em 1 Timóteo 2, fundamenta sua orientação quanto ao comportamento apropriado das mulheres cristãs nas igrejas, não em considerações condicionadas culturalmente, mas em princípios inerentes à própria humanidade. Após proibir que as mulheres ensinem e exerçam autoridade sobre os homens (1 Tm 2.12), Paulo dá a causa para sua proibição nos versos 13 e 14. O primeiro é baseado na forma como Deus criou o homem e a mulher, ou seja, o homem foi criado primeiro (v. 13). A sequência temporal  para Paulo, tem significado teológico e implicações práticas quanto ao ministério feminino na Igreja de Cristo. O fato de que o homem foi criado primeiro indica sua liderança sobre a mulher. E o fato de que a mulher foi criada em seguida, como auxiliadora, indica sua posição de submissão (cf. Gênesis 2). Para o apóstolo, se uma mulher ensina (prega) doutrina com autoridade sobre homens, está violando este princípio inerente à criação. É importante observar que Paulo enraíza sua proibição nas circunstâncias da criação, e não da queda, somente. Portanto,  observa-se,  ele não considera estas restrições sobre as mulheres como sendo apenas resultado da queda, e portanto, também não espera-se que sejam removidas com a redenção que há em Cristo. O segundo motivo é fundamentado no fato de que não foi Adão, mas sim Eva, quem foi iludida por Satanás e desobedeceu a ordem de Deus (v.14). Para alguns, Paulo está citando a maneira pela qual o primeiro casal caiu em pecado para mostrar que a mulher é mais crédula ao erro religioso, e mais susceptível de ser enganada por Satanás (cf. 2 Co 11.3); portanto, não deve ocupar funções de ensino doutrinário nas igrejas, para que não caiam em heresia, e induzam outros. Embora possa haver alguma verdade neste pensamento, é mais provável que Paulo esteja citando o incidente para mostrar o que ocorreu quando Eva tomou a liderança que havia sido dada a Adão. Uma leitura cuidadosa de Gênesis 3 mostra como a mulher entrou em diálogo com o tentador (Gn 3.1-5), e como, assumindo a liderança, tomou do fruto e deu-o a seu marido, levando-o ao pecado (3.6). As palavras do Senhor Deus ao homem, “porque atendeste a voz da tua mulher” (3.17), soam, assim, como uma repreensão por Adão ter aceitado a liderança da sua esposa na transgressão. E o castigo imposto por Deus à mulher, de que seria dominada pelo homem, encaixa-se com essa dimensão do pecado da mulher (3.16). Portanto, o que Paulo quer mostrar em 1 Timóteo 2.13, não é que o homem não peca, ou que não pode ser enganado por Satanás, mas sim, o que ocorre quando homem e mulher revertem os papéis que Deus lhes determinou. O apelo de Paulo às Escrituras demonstra que, para ele, as causas dos diferentes papéis do homem e da mulher estão enraizadas nas circunstâncias em que a criação e a queda aconteceram, e não em demandas provisórias das igrejas e nem em aspectos culturais da época. Resalta-se demonstrar a importância de levarmos em conta o ensino do Novo Testamento no debate acerca do ministério feminino ordenado. A  análise das passagens mais usadas para defender a ordenação de mulheres ao pastorado demonstrou que elas não dão suporte às essas pretensões,  embora certamente nos ensinem que devemos encorajar e defender o ministério feminino em nossas igrejas. Por outro lado, essa análise das três principais passagens usadas como evidência de que Deus não intentou que as mulheres cristãs ministrassem nas igrejas aos homens, de uma posição de autoridade, quer ensinando-os ou governando-os, mostrou que a interpretação destas passagens encaixa-se nos seus contextos, honra a aplicabilidade dos princípios bíblicos para nossos dias, e responde satisfatoriamente às objeções. A conclusão é que não há respaldo bíblico suficiente para que se recebam mulheres ao pastorado ou bispado de igrejas cristãs locais, onde irão, como tais, presidir, governar, e ensinar doutrina aos homens. Na realidade, as evidências bíblicas apontam em outra direção. Estas passagens não podem ser ignoradas pelos que almejam o ministério ordenado de mulheres nas igrejas evangélicas do Brasil.  Os presbíteros exerciam a autoridade e o governo nas igrejas, mas não eram absolutos. Poderiam ser repreendidos, se falhassem (1 Tm 5.19-20), e deveriam exercer sua autoridade não como dominadores, mas como exemplos (1 Pe 5.5). Sua autoridade era limitada pelo ensino de Jesus e dos apóstolos, que hoje se encontram nas Escrituras. Não poderiam ir de encontro a este ensino, como hoje presbíteros, conselhos e concílios em geral também não podem. Nenhum concílio eclesiástico, argumentando a partir das mudanças sociais do tempo presente, tem poderes para ir além da Escritura, ou contradize-la, ordenando mulheres como pastoras ou bispas. Como cristãos, que somos, devemos nos perguntar  qual é a perfeita vontade de Deus para a mulher na família, na sociedade e na igreja? Será que Deus tem mesmo se agradado deste movimento conhecido, mundialmente, como feminismo? Ou será que à luz das Escrituras Sagradas, este movimento, que hoje, está seduzindo muitas mulheres, até dentro de igrejas, que professam a fé cristã, não é a mesma mentira do Éden, apenas com uma nova roupagem? Examinemos as Escrituras: (Gn 3:4,5). E não é o feminismo a mesma oferta da serpente, agora querendo igualá-la ao homem, que é a imagem e glória de Deus?: “ O varão, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do varão.” (1Cor:11:7). A Bíblia nos deixa claro, que foi o próprio Deus que elegeu o homem para liderar a família e, também para governar o seu povo, e quando isto não acontece, podemos ter certeza que já estamos em juízo, e não que ele (o Senhor), se agrada que mulheres estejam na liderança do seu povo: “ Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:11). Portanto, o assunto que iremos tratar a seguir, fala, mais especificamente, da posição da mulher na igreja do Senhor Jesus; não é questão de “machismo”, como muitos podem dizer, e muito menos de “feminismo”, e sim de obedecer ou desobedecer a Deus Criador dos céus e da terra. Desde o marco inicial da nossa história, o que Deus nos pede é obediência, mediante a fé, em sua santa palavra, como verdade absoluta. A ordem de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, foi dada por Deus diretamente ao homem, e não a mulher. (Gn 2.17) O relato bíblico que nos deixa claro que a obrigação de orientar e ensinar a mulher nos caminhos do Senhor é responsabilidade do homem, não o contrário, e quando isto não acontece no lar e nem na igreja é, com certeza, incorrer na mesma transgressão do Éden. Será que Deus (que não muda), permite que, hoje, mulheres assumam posição de liderança nas igrejas? Ou será que pastores, que afirmam que receberam uma “nova unção”, tem mais autoridade, que a própria autoridade das Escrituras Sagradas e podem, agora, “consagrar” mulheres para o ministério pastoral? O que temos observado nestes últimos dias, nada mais é , que o cumprimento da palavra também revelada, de que viria o tempo em que a sã doutrina não seria sofrida (2Tm 4:3,4), e que antes da volta do Senhor, para buscar o seu povo, viria a APOSTASIA: “ Ninguém de maneira alguma, vos engane, porque não será assim, sem que antes venha a apostasia…”(2Ts2:3a). Apostasia que, literalmente, significa “desvio”, “afastamento” e “abandono”, ou seja, nestes últimos dias, um grande número de pessoas, nas igrejas, tem se apartado, da verdade bíblica, e ainda assim, acreditam, que é possível servir a Deus, desobedecendo a sua palavra. . A Bíblia faz referência às mulheres profetizas, juízas, rainhas e etc, mas nada sobre sacerdotisas, e sabe por que? Porque Deus não é Deus de confusão: “ Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1Cor 14:33). O apóstolo Paulo, em algumas de suas epístolas, se preocupa com o relacionamento correto entre o homem e a mulher, e procura manter este relacionamento como Deus ordenou. Ele ensina que em Cristo há perfeita igualdade espiritual entre o homem e a mulher, como herdeiros da graça de Deus, mas é uma igualdade que envolve a ordem e subordinação, no tocante à autoridade (Gl 3:28). A subordinação da mulher não é o rebaixamento da pessoa, pelo contrário, ela mostra que o homem deve reconhecer o grande valor que Deus atribui a mulher, e que é responsabilidade dele amá-la, protegê-la e orientá-la, de tal maneira, que a vontade de Deus para ela no lar e na igreja seja cumprida. E, hoje, muitas “pastoras” querendo justificar, com base bíblica, a sua posição de liderança nas igrejas, citam o fato de Débora ter assumido posição de liderança em Israel: “ E Débora, mulher profetiza, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.” (Jz 4:4). Mas o trecho bíblico fala por si só: Débora foi profetiza e juíza, ela não foi sacerdotisa e o fato de Deus ter usado uma mulher para livrar o seu povo da opressão dos seus inimigos: “ E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra pelo caminho que levas; pois à mão de uma mulher o SENHOR venderá a Sísera. (Jz 4.9) Débora, mulher valorosa e virtuosa, foi um “tipo” da Igreja do Senhor Jesus para os últimos dias. Ela cumpriu com determinação e obediência as atribuições que lhe foram dadas pelo Senhor, pois agiu, com fidelidade, exatamente, como muitas santas mulheres em nossos dias, verdadeiras cooperadoras e ajudadoras na obra do Senhor. “Então disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia em que o SENHOR tem dado a Sísera na tua mão.” ( Jz 4:14).  Débora, mesmo na condição de juíza e profetisa em Israel, ela ainda assim, reconheceu a sua sujeição ao “inseguro” Baraque, quando disse que o Senhor tinha dado Sísera na mão dele e não na sua, pois como mulher de Deus que era, ela sabia que o Senhor elegera os homens para liderarem seu povo (Is 3:12 a 14), e não mulheres. Em nenhuma parte da Bíblia vemos o ministério pastoral feminino, ainda que a mulher desempenhe um trabalho que se aproxime do ministério pastoral, contudo não a torna uma pastora. Mais uma objeção frequente a esta interpretação sobre mulheres no ministério é em relação a mulheres que ocupavam posições de liderança na Bíblia, principalmente Miriã, Débora e Hulda no Antigo Testamento. Esta objeção falha em perceber alguns fatores relevantes. Primeiro, Débora era a  única juíza entre 13 juízes homens. Hulda era a única profeta mulher entre dúzias de profetas homens mencionados na Bíblia. A única ligação de Miriã com a liderança era por ser irmã de Moisés e Arão. As duas mulheres mais importantes do tempo dos reis foram Atalia e Jezabel – péssimos exemplos de boa liderança feminina. Mais importante ainda, porém, a autoridade das mulheres no Antigo Testamento não é relevante para a questão. O livro de 1 Timóteo e as Epístolas Pastorais apresentam um novo paradigma para a igreja – o corpo de Cristo – e esse paradigma envolve a estrutura de autoridade para a igreja, não para a nação de Israel ou de qualquer outra entidade do Antigo Testamento. Argumentos semelhantes são feitos usando Priscila e Febe no Novo Testamento. Em Atos 18, Priscila e Áquila são apresentados como ministros fiéis de Cristo. O nome de Priscila é mencionado primeiro, talvez indicando que fosse mais “importante” no ministério do que o seu marido. No entanto, Priscila em nenhum lugar é mencionada como participando de uma atividade ministerial que estivesse em contradição com 1 Timóteo 2:11-14. Priscila e Áquila trouxeram Apolo à sua casa e o discipularam, explicando-lhe a Palavra de Deus com mais precisão (Atos 18:26). Em Romanos 16:1, mesmo que Febe seja considerada uma “diaconisa” ao invés de “serva”, isto não indica que fosse uma mestra na igreja. “Apto a ensinar” é dado como uma qualificação aos presbíteros, mas não aos diáconos (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:6-9). (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:6-9). Os anciãos/bispos/diáconos são descritos como “maridos de uma só esposa”, “um homem cujos filhos creem” e “homem digno de respeito”. É bem claro que essas qualificações se referem a homens. Além disso, em I Timóteo 3:1-13 e Tito 1:6-9, apenas pronomes masculinos são usados para se referir a anciãos/bispos/diáconos. Deus ordenou que somente homens servissem em posições de autoridade de ensino espiritual na igreja. Isto não é porque os homens sejam necessariamente melhores professores ou porque as mulheres sejam inferiores ou menos inteligentes (o que não é o caso). É simplesmente a maneira que Deus designou para o funcionamento da igreja. Os homens devem dar o exemplo na liderança espiritual – em suas vidas e através de suas palavras. As mulheres devem ter um papel de menos autoridade. As mulheres são encorajadas a ensinar a outras mulheres (Tito 2:3-5). A Bíblia também não restringe as mulheres de ensinarem crianças. A única atividade que as mulheres são impedidas de fazer é ensinar ou ter autoridade espiritual sobre homens. Isto logicamente inclui mulheres servindo como pastoras e pregadoras. Isto não faz, de jeito algum, com que as mulheres sejam menos importantes, mas, ao invés, dá a elas um foco ministerial mais de acordo com o dom que lhes foi dado por Deus.
Referencias:
Calvino, Joao; 2006, As Institutas
Traduçao: Odayr Olivetti, Cultura Cristã, São Paulo
V. 4, Cap. XV – 43 – Poder Eclesiástico
htpp/acidigital.com
htpp/assessoriadedireito.wordpress.com
htpp/cacp.org.br. .



















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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cosmovisão Cristã - Cristiane Magalhães

COSMOVISÃO CRISTÃ

Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste
Aluna Cristiane Magalhães
Pr. Professor Jonas Silva

Resumo
O presente artigo tem como finalidade abordar sobre um tema muito estudado nos seminários, Cosmovisão Cristã. Trataremos de forma abreviada sobre origem e definições de alguns estudiosos da área. Por fim, descreveremos sobre a necessidade dos cristãos em  viver o Cristianismo coerente com a palavra de Deus e todas as suas implicações em todas as esferas da vida.

Palavras-Chaves: Cosmovisão, Cultura e Dicotomia,

Introdução
Cosmovisão é um sistema filosófico que procura explicar fatos da realidade como se relacionam e se apresentam um ao outro. O termo cosmovisão é a tradução da palavra alemã Weltanschauung, que significa “visão do mundo”, sua origem remete ao século XVIII. Cosmovisão é a maneira que enxergarmos o mundo. É um conjunto de crenças fundamentais que dá estrutura na qual as partes menores da vida se harmonizam. Logo Cosmovisão Cristã é a maneira que enxergamos a vida a partir da história bíblica.

Por que as cosmovisões são importantes?
Uma vez que nossas ideias influenciam nossas emoções, reações e conduta é particularmente importante para nós conhecermos aquilo que cremos e por quê. Na Bíblia está escrito “Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem” (Pv. 27:19), nós somos aquilo que o nosso coração se apega e estudar cosmovisão é a ideia de conhecer a si mesmo.
O neocalvinista Abraham Kuyper utilizou também a tradução alternativa concepção de vida e do mundo que poderíamos também denominar biocosmovisão. Ele argumentava que os cristãos não pode se opor ao relativismo da cultura em nossa época a menos que desenvolva uma perspectiva de vida abrangente baseada na própria Palavra de Deus que é para todas as épocas e lugares. Kuyper, em seu livro Calvinismo, diz: “Graças a esta obra de Deus no coração, a convicção de que o todo da vida do homem deve ser vivido como na presença divina tem se tornado o pensamento fundamental do Calvinismo. Por esta ideia decisiva, ou melhor, por este fato poderoso, ele tem se permitido ser controlado em cada departamento de seu domínio inteiro”.
A historiadora Nancy Pearcey, discípula de Francis Schaeffer, em seu livro Verdade Absoluta, afirma: “A cosmovisão é como um mapa mental que nos diz como navegar de modo eficaz no mundo. É a impressão da verdade objetiva de Deus em nossa vida interior. Poderíamos dizer que cada um de nós tem um modelo de universo dentro da cabeça que nos diz como o mundo é e como viver nele”. Ela propõe que o cristianismo é a verdade sobre a realidade total, ou seja, ele envolve todas as esferas da vida.
Um clássico sobre cosmovisões é o livro intitulado O Universo ao Lado, que sugere que todos têm um universo mental ou conceitual no qual vivemos, e princípios que explicam as questões fundamentais da vida: Quem somos? De onde viemos? Qual o propósito da vida? Ele coloca o coração como centro da cosmovisão “diz: “Uma cosmovisão é um compromisso, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expresso como uma narrativa ou como um conjunto de pressuposições (suposições que podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeiras ou inteiramente falsas) que nós sustentamos (consciente ou subconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica da realidade, e que fornece o fundamento sobre o qual nós vivemos, nos movemos e existimos”. O autor do livro James Sire, convida os leitores a examinar muitas cosmovisões para entenderem o universo mental mantido pelas outras pessoas, as que vivem no “universo ao lado”.

A Dicotomia

Afirmação radical é a afirmação de que todo o conhecimento depende da verdade religiosa. Esta afirmação é mais fácil de entender quando nos damos conta de que o cristianismo não é o único sobe este aspecto. Todos os sistemas de crença trabalham do mesmo modo. Um sistema que proponha como auto-existe, é, em essência o que se considera divino. E esse compromisso religioso funciona como principio controlador para tudo o que vem depois. O temor de algum “deus” é o principio de cada sistema de conhecimento proposto.
Em nossa cultura, os crentes construíram uma cultura paralela entre o sagrado/profano, uma dicotomia onde o trabalho comum é denegrido ao passo que o trabalho na igreja é mais valioso. Restringindo a fé a esfera religiosa e adotando qualquer opinião que seja atual em seus círculos profissionais ou sociais. Costumam compartimentar a sua vida entre o religioso e profissão, pensam apenas em ser cristão no trabalho e não em ter uma visão bíblica para o seu trabalho. Isso acontece porque a religião não é considerada uma realidade objetiva, mas uma questão de gosto pessoal, porém se o cristianismo não tem resposta para o nosso todo, como se sustentará “Uma cultura ou indivíduo com bases fracas só podem manter-se em pé se a pressão não for muito grande “diz Schaeffer. Esta divisão tornou-se uma arma contra o verdadeiro cristianismo, deslegitimando a perspectiva bíblica, colocando o poder do Evangelho no cativeiro. Os crentes esqueceram ou desconhecem que a Bíblia é a verdade sobre a realidade total.  Alguns crentes acham isso altamente frustrante. Querem integrar a fé em cada aspecto da vida, família, igreja, relações pessoais (sagrado), como também na educação, ciência, política, economia e todas as outras áreas públicas (secular).

Visão Restaurada
O pensamento da genuína cosmovisão cristã é muito mais que uma estratégia mental ou nova informação nos acontecimentos atuais. É na verdade um avanço no desenvolvimento do homem dominando o todo da vida. Contribuindo para o enobrecimento da vida na sua integralidade. Cosmovisão é um comprometimento do coração e começa na submissão da nossa mente ao Senhor do universo: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento...” (Lc. 10.27). E a condição crucial para o crescimento intelectual e o crescimento espiritual é pedir a Deus a graça de levar “cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5).
Toda a verdade começa em Deus. A única realidade auto-existente é Deus, e tudo o mais depende dEle para sua origem e existência contínua. Nada existe separado da sua vontade; nada está fora do seu controle, Ele é o autor da história bíblica: a criação, a queda e a redenção.
Criação
A bíblia ensina que Deus é a fonte exclusiva de toda ordem criada. Nenhum outro deus concorre com Ele; não existe força natural própria; nada recebe sua natureza ou existência de outra fonte. Sua Palavra, ou leis, ou ordenanças da criação dão ao mundo ordem e estrutura. A palavra criativa de Deus é a fonte das leis da natureza humana – os princípios da moralidade (ética), da justiça (política), do empreendimento criativo (economia), da estética (artes) e até do pensamento claro (lógica). É por isso que 119.91 declara: “...tudo está a teu serviço (NVI). Não há assunto, tema, matéria que seja filosófica ou espiritualmente neutra.
Queda
A universalidade da criação é emparelhada pela universalidade da queda. A Bíblia ensina que todas as partes da criação – inclusive nossa mente – foram atingidas na grande rebelião do Criador. A Bíblia nos adverte que a idolatria ou a desobediência voluntariosa a Deus torna os humanos “cegos” ou “surdos”. Paulo escreve: “O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”  2 Coríntios 4:4Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao endurecimento dos seus corações.” Efésios 4:18.
É certo que os não crentes ainda atuam no mundo de Deus, portam a imagem dEle e são sustentados por sua graça comum, fatos que significam que têm a capacidade de descobrir segmentos isolados de conhecimento genuíno. E os cristãos devem acolher com alegria esses insights. Toda a verdade é a verdade de Deus, como diziam os pais da igreja. Pode haver ocasiões em que os cristãos estejam enganados em alguns pontos e os não crentes, certos. Não obstantes, os sistemas globais de pensamento formados pelos não crentes serão falsos, pois se sistema não é constituído sobre a verdade bíblica, então o será sobre outro principio básico. Até as verdades serão vistas pela lente distorcida de uma falsa cosmovisão. Em consequência disso, a abordagem cristã em qualquer campo precisa ser critica e construtiva. Não podemos tomar os resultados da erudição secular como se fosse território espiritualmente neutro, descoberto por pessoas cujas mentes estão de todo abertas e objetivas, ou seja, como se a queda nunca tivesse acontecido.
Redenção
Por fim, a redenção é tão abrangente quanto à criação e a queda. Deus não salvo apenas a nossa alma, deixando nossa mente funcionar sozinha. Ele resgata a pessoa inteira. A conversão tem o propósito de dar nova direção a nossos pensamentos, emoções, vontade e hábitos. Paulo nos exorta a oferecer nosso “eu” a Deus como “sacrifício vivo”, de forma a não sermos conformados com esse mundo, mas sermos transformados pela renovação da nossa mente (Rm 12.1,2). Quando fomos redimidos, todas as coisas se fizeram novas (2 Co. 5.17) Deus promete nos dar “um coração novo e “um espírito novo” (Ez36. 26), avivando nosso caráter com vida nova”.
Isto explica por que a Bíblia trata o pecado, primeiramente, com questão de termos nos afastados de Deus para servir outros deuses, e, em segundo plano, destacando uma lista de comportamentos imorais específicos. O primeiro mandamento é, afinal de contas, o primeiro – os demais vêm somente depois que estivermos certos sobre quem ou o que estamos adorando. E é por isso que a redenção consiste, de maneira fundamental, em expulsar nossos ídolos mentais para voltarmos ao verdadeiro Deus. E quando fazemos isso, experimentamos seu poder transformador que renova cada aspecto da nossa vida. Falar sobre um a cosmovisão cristã é outro modo de dizer que, quando somos redimidos, toda nossa perspectiva de vida é recentralizada em Deus e reconstruída em sua verdade revelada.

CONCLUSÃO
Portanto, somos chamados para conhecer as Verdades da Palavra, ter uma mente inquiridora que medita, reflete, constrói pensamento, para serem vivenciadas em direção a uma cosmovisão cristã que unifique o sagrado/secular. Do contrario, nenhum cristão se sentirá plenamente feliz, pois está dividido andando em direções opostas. Tudo o que fazemos devem ser para glória de Deus, isso inclui o trabalho honesto e empreendimentos criativos, tudo é valido para o serviço no Senhor. E assim, o poder do Evangelho sairá do cativeiro do âmbito particular e influenciará toda a sociedade.

Fontes:
Pearcy, Nancy. Verdade Absoluta.  Casa Publicadora das Assembleias de Deus: Rio de Janeiro, 2006.
Kuyper, Abraham. Calvinismo. Cultura Cristã: São Paulo, 2002.
Sire, James. O Universo ao Lado. Hagnos: São Paulo, 2009.
Schaeffe, Francis. Como Viveremos? Cultura Cristã: São Paulo, 2003,

TEÍSMO ABERTO - DANIEL FERNANDES

TEÍSMO ABERTO

ALUNO: DANIEL FERNANDES



1.1 RESUMO
A teologia relacional ou teísmo aberto nada mais é que uma forma incapacitada que o homem tem de tentar entender algo da parte de Deus que não pode ser entendido de forma plena. Ou seja, quanto a liberdade moral do homem e o total controle de Deus sobre as criaturas relativo a seus decretos, é de fato algo, complexo que a mente humana não irá encontrar respostas plenas para tal. É justamente na tentativa de se encontrar respostas para estas questões que surgem as heresias.
1.1.2 PALAVRA CHAVE
Há uma área de acesso restrito só a Deus em toda teologia

2.0 INTRODUÇÃO
Há um certo tempo, um dos expoentes do Teísmo aberto, o pastor Ricardo Gondim, teceu um artigo numa rede sócia onde dizia o seguinte; “Eu não me contento com respostas simples ou com a simples resposta eu não sei” É justamente ai que mora o perigo, pois nesta ânsia de saber o que foge ou transcende o entendimento humano é que os homens ferem ou maculam as escrituras. Em outra postagem deste referido pastor supra citado anteriormente, o mesmo comentou a tragédia do Tsunami no Japão e disse que Deus não sabia e não tinha conhecimento do que iria ocorrer no continente asiático e mesmo que soubesse não poderia fazer nada. esta é a suma do teísmo aberto que aliado ao advento do livre arbítrio alega não saber Deus qual será a ação futura  de suas criaturas.
3.0 REFERENCIAL TEÓRICO
Concordar ou fazer as referidas alegações que se viu na introdução deste artigo  é atribuir a Deus simplesmente limitações e características humanas. Na realidade esta foi uma das intenções de algumas religiões ao decorrer dos séculos, trazer Deus à esfera humana e não só isso, mas também, Limita-lo. Há um teólogo chamado Norman Geisler que define de forma muito hábil o que e onde estaria, no sentido de patamar, Este Deus. “Nós, seres humanos, estamos no interior de uma estação de trem. Assim só se pode ver o trem vagão por vagão. Deus, ser supremo, está no alto da mais alta montanha e de lá ver o mesmo trem por completo” (Não tenho fé suficiente para ser ateu)  Esta é a ideia querente que se deve ter de Deus, pois ao atribui-lhe características humana seria também limitá-lo conforme os humanos.

Na realidade é justamente isso que o teísmo aberto propõe, se é de forma tendenciosa ou não, não cabe a nós julgar. Mas pensar que um sEr dotado de todo conhecimento prévio de tudo que iria ocorrer mesmo antes que essas coisas existissem de fato. É um sEr que esta fora do tempo,  no sentido de limite, e que pode ser pego de surpresa, aponta para uma negligência de um dos principais atributos de Deus, a onisciência.
O salmos 139 nos demonstra que o salmista tinha uma sensação divina de um ser que transcende toda e quaisquer esfera humana, pois em sua declaração melódica entende que este sEr se diferencia de todos os outros que possas existir em quaisquer lugares do universo. O salmo 139 em seu verso 6 dá o checkmate em toda teologia relacional, o verso traz a seguinte informação; Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir. Aqui é o cerne da questão. O salmista Davi era de fato um homem que tinha intimidade com Deus e que entendia seus desígnios e planos e partindo do princípio que foi inspirado por Deus a ponto de deixar relatos na bíblia, deve-se ter algo a mais que nós homens contemporâneos. O salmista reconhece que por mais sabedoria que venha a ter, por mais conhecimento ou quaisquer outras coisas, nada disso é superior à ciência divina, a racionalidade divina. Estas, são tão altas que não se pode alcançar e isso funciona como uma cerca que determina o limite até onde o homem limitado deva ir. É justamente neste local que o homem deve parar e o salmista parou. Querer ir além disso é sinônimo de heresia, é sinônimo de teologia relacional.
Um outro bom exemplo destes homens que decidiram pular a cerca que determina o limite, e que decidiram adentrar num terreno impróprio para os mesmos e para o seu intelecto chama-se René Kivitz, que a pouco teceu um comentário acerca do apóstolo Paulo dizendo que o apóstolo, um dos mais proeminentes do colégio apostolado, não soube o que disse em uma de suas cartas. Disse ainda que Paulo complicou a passagem bíblica e que ele, René Kivitz, ia descomplicar o que Paulo complicou. Como diria o jornalista Boris Casoy, “ Isso é uma vergonha” Parece que o avanço a esta área restrita que é de domínio apenas divino, não é apenas uma fábrica contínua de heresias, mas também, de presunção.

Os versos 1-4 do Salmos 139 mostram que realmente Deus conhece o futuro e não apenas uma parte desse, mas todo.

"SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces".

            Além deste texto, é possível lembrar de outro texto que mostra Jesus interrogando a Pedro quanto se este o amava de fato, na ocasião Jesus pergunta a Pedro se ele o amava João 21: 15 a 17. Nesta ocasião Jesus apresenta uma característica inerente somente a Deus, a onisciência, quando sabe que Pedro o negará antes mesmo que o galo cante. Ou seja, Essa é a prova inequívoca que Jesus e Deus são as mesmas pessoas. Por isso não há confronto quando se adorava a Jesus nas escrituras. A adoração a Jesus não era rejeitado por Deus. Assim, a ideia é corroborada  com o texto que alega Deus não dividir sua glória com ninguém. E se Jesus foi adorado e não houve repudia divina, bem como na ocasião do bezerro de ouro com Arão Ex. 32, mostra que Jesus e Deus são as mesmas pessoas e eram harmônicos quanto glória e atributos.

            As escrituras nos mostram um Deus que é totalmente imanente, mas possui um limite quanto a isso, é como se fosse aquela cerca de limite que mencionou-se anteriormente. Apesar de se relacionar com sua criação existe uma separação e um terreno onde o homem não deve entrar. Em Js. 3:4 Josué orienta o povo a não se aproximar da arca, Ela tinha que está a uma distancia considerável dos homens e isso aponta para santidade de Deus que não pode ser homogeneizada com o homem pecador. Eis ai o limite em que o homem não deve avançar, quem assim o fez sofreu na pele a conseqüência como Uzá em I Cr. 13:9-10. Assim como Uzá, muitos homens estão mortos espiritualmente e não conseguem mais ver a essência do evangelho por infringem, mesmo que com boas intenções, este limite que há entre as coisas inacessíveis de Deus e as coisas que só dizem respeito ao homem. A teologia relacional infringe esta área, os teólogos relacionais infringem está área e por isso que seus pensamentos estão mortos e não produzem nada além de heresia.

            Teísmo aberto  é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus. Pois se um desses atributos cai expõem os outros ao efeito dominó, ou seja, todos caiem juntos. Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de ideia conforme as circunstâncias. Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.
 
O Teísmo Aberto defende que Deus se relaciona intimamente com o homem, em detrimento de sua onisciência que seria prejudicada com a dádiva do livre arbítrio; Deus saberia o futuro, mas não todo o futuro, pois esse futuro ainda não teria existência na presença de Deus, dado o livre arbítrio do homem concedido por Deus.
Os defensores da Teologia Tradicional afirmam que seria um completo absurdo Deus se despojar do direito de saber todas as coisas, pois, sendo assim, Deus viveriam incertezas, não tendo controle sobre os eventos futuros do Universo.
Contudo, defende o Teísmo Aberto que Deus é Todo-poderoso exatamente por causa desse despojamento, visto que mesmo tendo ausência de controle sobre as escolhas humanas, Deus é capaz de governar o futuro vaticinado. Ou seja, exatamente porque Deus não se preocupa em estar no controle de suas criaturas é que ele demonstra estar realmente no controle.

Tudo teria surgido na bem intencionada apologética de alguns teólogos de livrar Deus da maldade existente no mundo, como explica Luiz Sayão, lingüista e hebraísta pela USP, é uma teologia tipicamente Norte Americana: prática e simples. Em outra curta frase apresenta as conclusões do Teísmo Aberto: “Deus precisa deixar de ser Deus, tornando-se menos onipotente e onisciente para que não seja responsabilizado pelo sofrimento do mundo”.

Luís Saião também tece um comentário acerca desta teologia alegando ser esta uma tentativa de resposta extrema ao calvinismo. O que ocorre é que o teísmo aberto tenta de uma forma ou de outra da uma nova explicação para os atributos tidos como incomunicáveis de Deus. A onisciência divina é questionada  quando se fala em livre arbítrio. Ou seja, a bondade de Deus de apresentar um futuro a ser escolhido pelo homem. Segundo os teólogos relacionais, o homem tem livre escolha do bem e do mal, e a bondade de Deus em conceder liberdade ao homem impediria, moralmente, o Soberano de intervir e estabelecer os eventos futuros. Em defesa disso, apresenta-se a ideia de que se há maldade no mundo, Deus não seria o construtor dessas desgraças e destruição. O livre arbítrio do homem o levara ao futuro estabelecido pelo próprio homem e Deus não teria participação nos eventos catastróficos e malévolos desse século. As explicações da Teologia Relacional consistem em apresentar críticas sobre a teologia tradicional, que estabeleça que Deus está no controle de tudo, frase que caia em desuso por estes teólogos.

Em contra partida, a teologia reformada defende que defende que o livre arbítrio do homem é ilusório, e que até mesmo a capacidade de fazer o bem por parte do homem tem a interveniência do Espírito de Deus, assim, o livre arbítrio humano seria absurdo, fazendo duras críticas à teologia arminiana, defensora do livre arbítrio. Na realidade existe um paradigma criado pela teologia relacional que alega não ter como Deus saer qual decisão será tomada pelo homem no futuro, se este tiver o livre arbítrio, logo, Deus não sabe o que o homem fará, sendo assim, não sabe o que ocorrerá amanhã.

CONCLUSÃO
Por tanto, concluí-se que nada, absolutamente nada, pode pegar Deus de surpresa, ou seja, mesmo sem querer o mal do homem, más se este homem cometer algum mal contra si próprio isso não fugiu do controle divino. E aqui é necessário lembrar a definição de Norman Geisler “ Deus está no alto da montanha e de lá ver o trem por completo”[1] Se algum intercurso houver no caminho deste trem não pegará Deus de surpresa, sabendo que Ele é soberano o suficiente para evitar ou permitir o referido intercurso.
Outra questão é sobre o livre arbítrio. Entende-se que de fato o livre arbítrio não passa de uma mosca ranço, ou seja, ninguém ver. Acredita-se que livre arbítrio dentro da teologia é poder ou não de cometer pecados e não de tomar decisões, o fato de se tomar decisões diz respeito a uma livre agencia e não livre arbítrio. Por tanto, só houve um homem e uma mulher que viveu num ambiente isento de pecado e que poderiam de fato pecar ou não pecar, estes sim puderam escolher, coisa que nenhum outro pode mais. Bem como nos diz o salmista; Em pecado fui concebido Sl. 51.5.

            REFERENCIAS

pt.scribd.com/doc/.../NAO-TENHO-FE-SUFICIENTE-PARA-SER-ATEU
      www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=284

voltemosaoevangelho.com/.../norman-geisler-9-razoes-porque-devemos



[1] pt.scribd.com/doc/.../NAO-TENHO-FE-SUFICIENTE-PARA-SER-ATEU