terça-feira, 24 de setembro de 2013

CRIACIONISMOS X EVOLUCIONISMO - Leonardo de Lima Galvão

CRIACIONISMOS X EVOLUCIONISMO

Leonardo de Lima Galvão
Aluno do curso bacharel em teologia com c/ em missiologia. Seminário Pentecostal do Nordeste. E-mail: leonardo197077@gmail.com
Professor: pastor Jonas Silva. E-mail: pastorjonassilva@gmail.com

Resumo
O assunto em pauta por meio desta que a muito é discutida, trata-se do lema de questões ou pensamentos opostos relacionados ao criacionismo x evolucionismo, que a muitas gerações vêm sendo alvos de muitos questionamentos a respeito de opiniões contrarias e de aversão umas as outras. Serão abordados pontos de vista através do uso de conhecimentos adquiridos e por meio da razão condicionadas a experiências intuitivas, místicas e de forma até mesmo palpáveis com relação a todo o universo existente, com base em informações contidas em livros e através dos experimentos e do relacionamento que há entre o cosmos e a percepção dos seres humanos, racionais, que detêm o poder de se relacionarem de forma consciente e inteligente, buscando com sinceridade a verdade que deve ser o desejo original para todos seres pensantes.



1 Introdução
            Este assunto que será abordado é de grande controvérsia pois trata-se de pontos de vista opostos, que vêm sendo discutidos a muito tempo. Por meio desta, o texto expressa de maneira concisa a relação com a questão amplamente discutida sobre o criacionismo, que é um pensamento judaico/cristão no qual mencionaremos textos bíblicos que enfatizam a relação direta de um Deus criador de todas as coisas. Por outro lado veremos a posição evolucionista baseados em teses humanas que reivindicam estarem concisos de sua visão relacionadas a criação no qual o homem é produto derivado de outro ser existente.

2 Desenvolvimento
2.1.1 Criação e origem:
A palavra hebraica da bíblia para “criação” (bara) e seu equivalente grego (ktisis) geralmente são reservados para a origem ou princípios das coisas. Mas, apesar de Deus ter completado seu trabalho de criação (Genesis 2.2; êxodo 20.13), ele não terminou seu trabalho na criação (Jo 5.17). Acreditar numa criação teísta e na preservação seguinte do mundo geralmente não é considerado cientifico atualmente. Essa opinião baseia-se em parte numa má interpretação do ensinamento bíblico sobre a criação e providencia de Deus e em parte num preconceito naturalista. É digno de nota que a maioria dos fundadores da ciência moderna, que certamente tinham um ponto de vista cientifico, acreditavam que as evidencias do mundo cientifico indicavam um criador.
            Esse é um estudo relevante, tanto na busca cientifica da verdade quanto na fé cristã. A criação literal do universo por Deus é vital ao cristianismo. Além das implicações para o teísmo em geral, os cristãos encontram no novo testamento uma relação direta entre a criação literal de Adão e os ensinamentos cristãos mais básicos.
2.1.2 Criação continua de Deus:
Alguns usos de bara e ktisis referem-se ao trabalho continuo ou a providencia de Deus. Ele não deixa de se relacionar com o mundo que criou. Opera continuamente nele. Sustem sua existência.
            Salmos 104.30 “quando sopras o teu fôlego, eles são criados, e renovas a face da terra.” Aqui criar (bara) é usado, não com relação a geração inicial da vida, mas com relação a sua regeneração continua, o contexto fala de Deus fazendo “crescer o pasto para o gado e as plantas que o homem cultiva” (v.14). É Deus quem faz “jorrar as nascentes dos vales e correrem as águas entre os montes” (Sl 104.10) e que trás “trevas, e cai a noite” (v.20). É um Deus que continuamente dar alimentos para todos os seres vivos (v.28). A ênfase repetida recai sobre a preservação de Deus em relação a esse mundo.
            Amós 4.13 “aquele que forma os montes, cria o vento e revela seus pensamentos o homem, aquele que transforma a alvorada em trevas, e pisa as montanhas da terra; Senhor, Deus dos exércitos, é o seu nome”. Bara, aqui parece ser usado para o trabalho de Deus na sua criação, não apenas para sua obra original de criação. A palavra faz, que geralmente aparece alternativamente com verbo criar (v. Gn 1.26,27; 2.18), é usado em outros textos para descrever a providencia continua de Deus (v. Sl 104.3,4,10).
            Outras descrições. De varias maneiras, a bíblia apresenta Deus trabalhando. Alem de criar e fazer, Ele está “realizando” e “causando” as operações da natureza. Ele a sustenta (Hb 1.3), conserva (Cl 1.17), faz existir (Ap 4.11), produz vida nela (Sl 104.14). Ele é a causa continua da sua existência. Não haveria a realidade da criação passada ou presente se não fosse Deus.
2.1.3 Criacionismo cosmológico:
            Esse é o conceito que diz que o começo de todas as coisas ocorreu mediante um ato criativo de Deus, e não em virtude de alguma emanação de seu próprio ser (panteísmo). Essa idéia nega que a materia tenha existido desde a eternidade, tendo sido apenas reformada oposta em boa ordem. Esse ensino dá a entender que houve um tempo em que somente Deus existia. Tudo constitui um grande mistério que não nos foi revelado!
2.1.4 Criacionismo antropológico (origem do homem):
            Esse é o ensino que diz que o homem foi criado pó Deus por um ato especial e imediato, de tal maneira que o homem não é produto de evolução. A idéia inclui a noção que, tanto o corpo quanto a alma, foram criados como uma unidade. Todavia, a idéia mais antiga dos Hebreus foi que o ato criador de Deus envolveu somente o corpo e que isso inclui o homem interior chamado alma nas traduções, por quanto, na antiga teologia hebraica não haveria qualquer noção sobre um ser imaterial. Essa idéia aparece mais tarde nos salmos e nos livros dos profetas. Estando ausente do Pentateuco. A teoria da evolução apareceu, com algumas poucas exceções. Como um conceito de como o homem biológico veio a existência, e nada pretende falar sobre o espírito humano. Isso posto, essa teoria também nada tem haver com o homem essencial, real, o espírito humano. Estritamente falando, portanto, nem o livro de Gênesis e nem a teoria da evolução informam-nos com o homem real veio a existência. Mas, de acordo com a interpretação cristã o registro de Gênesis fornece-nos a narrativa sobre a origem do homem, em corpo e alma.

2.2.1 Darwin, Darwinismo (Teoria da evolução):
            Charles Drwin, nascido em 1809 e falecido em 1882, era natural de Shrewsbury, na Inglaterra. Foi educado em Cambridge e trabalhou como naturalista. Fez uma viagem de pesquisa em 1831, nas ilhas dos oceanos atlântico e pacifico. A sua teoria da evolução resultou dos informes colhidos durante essa viagem. No entanto, inspirou-se também no livro de Malthus, Esay on population, que leu em 1838, E, em 1858, recebeu de Wallace um ensaio que correspondia, em muitos particulares, à sua própria teoria. Portanto, com base em suas próprias pesquisas e em idéias alheias, ele produziu sua grande obra  sobre a origem das espécies, que apareceu pela primeira vez a 24 de novembro  de 1959. Conforme alguns têm dito, esse livro “sacudiu o mundo”. Na verdade embora muitas de suas idéias já estejam ultrapassadas, elas ainda estão abalando o mundo. Naturalmente, entre os filósofos pré-socráticos já se falava em uma teoria evolutiva. Podemos retroceder ainda mais, chegando à filosofia religiosa da índia. Portanto, o conceito é tão antigo quanto a civilização. No entanto foi Darwin quem desenvolveu essa noção, conferindo-lhe um aspecto de teoria cientifica, com grandes implicações filosóficas e religiosas.
Ideias:
2.2.1.1 As espécies das coisas vivas são mutáveis e intercambiáveis. Elas vêm a existência, modificam-se e perecem.
2.2.1.2 A maioria das espécies (incluindo o homem) é capaz de uma multiplicação tal que, se não for impedida, em breve tornara a terra um lugar impossível de ser habitado.
2.2.1.3 A multiplicação é impedida mediante a competição entre as espécies e no seio de cada espécie. A luta pela sobrevivência obtém a redução numérica necessária.
2.2.1.4 As variações inerentes e adquiridas pelas espécies são transmitidas para os membros seguintes, por meio da herança genética.
2.2.1.5 As condições descritas nos pontos anteriores provêm uma seleção natural geral, de tal modo que as variações favoráveis sobrevivem, e as desfavoráveis perecem. Esse fator também traz a existência novas espécies, de tal modo que ocorre a sobrevivência das espécies mais aptas.
2.2.1.6 Darwin acreditava que a origem e a historia do homem, que seria apenas uma espécie animal entre outras, podem ser explicadas por meio dessa hipótese. Por detrás da mesma, naturalmente, temos de pensar na suposição de que a matéria inanimada foi a fonte da primeira célula viva, por processos químicos. Que isso pode suceder tem sido demonstrado em muitos laboratórios ao redor do mundo. Mediante reações químicas, o homem tem sido capaz de produzir mui primitivas formas de vida, capazes de reproduzir-se. Não há como prever onde isso pode levar, e nem o grau de sofisticação que isso pode atingir.

2.2.2 Darwin e os problemas em suas teorias:
           2.2.2.1 O Darwinismo e a ética. Os juízos morais do homem são produtos do mesmo processo que produziu o corpo humano, pelo que não seriam diretivas divinas envolvidas em verdade e poder absolutos. A ética humana, portanto, também seria um produto da evolução. Os teólogos teístas podem argumentar que isso é verdade, embora o poder divino esteja por detrás desta evolução ética. Mas não era isso que Darwin queria dizer. Na opinião dele, terminamos em uma ética relativa, segundo a qual os padrões se alteram à medida que se altera a biologia do ser humano. Isso retira a dimensão teísta da ética, o que representa uma posição diametralmente oposta a teologia bíblica. Devemos admitira que ha alguns princípios éticos que se desenvolveram mediante um processo evolutivo; porém, é uma erro reduzir o homem a menos processos terrenos. Ele tem uma dimensão superior a qualquer processo evolutivo terreno.
            Outros supõem que a evolução é verdadeira, embora seja um meio divinamente determinado para a humanidade poder atingir sua ética apropriada, e não para o desenvolvimento da mesma. Em outras palavras, o homem está crescendo e continuará a crescer na compreensão apropriada dos princípios éticos, através de seu processo de evolução.
2.2.2.2 Definição do real. O que é real? A resposta de Darwin era: aquilo que é físico e está em processo de evolução. Porem essa é uma definição por demais limitada para poder satisfazer a teologia. Ademais há boas evidencias em prol de realidades não-materiais. Precisamos levar em conta a dimensão espiritual, quando falamos qualquer coisa acerca do homem, porquanto essencialmente, ele é um ser não-material que, por algum tempo, utiliza-se de um corpo material, como seu veiculo de expressão. Isso não significa que o homem faz com esse corpo físico, ou o ambiente no qual ele vive(este mundo físico) não sejam importantes. O homem tem uma tarefa a cumprir nesta vida terrena, bem como um destino a alcançar neste mundo físico. Mas é errado vê-lo somente por este prisma.
2.2.2.3 Os problemas dos começos. Como cientista Darwin não tentou explicar as origens. De fato, a ciência moderna desistiu da tentativa, devido à impossibilidade de fazer as coisas voltarem àquele estagio inicial, para serem examinadas. Darwin, pois,começou com um mundo físico já existente, e o homem como um derivado desse mundo. A ciência nem ao menos tenta pronunciar-se sobre com a matéria começou. Se o fizer já terá penetrado no terreno da filosofia e da teologia. Qualquer sistema de conhecimento que apanhe o fio da meada pela metade, não tentando explicar nem o começo nem o fim, é um sistema deficiente; e o coração humano jamais se satisfará com isso. Se quisermos explicar a origem e o destino das coisas, teremos de explicar para a filosofia e a Fe religiosa. E a alma humana precisa depender disso. É errado os evolucionistas e os cientistas em geral tentarem reduzir a vida apenas ao que é físico e as suas potencialidades. Quando assim fazem, estão apliicando erroneamento o conhecimento que adiquiriram, limitando o próprio conhecimento.
2.2.2.4 O verdadeiro homem. Darwin nunca pretendeu falar sobre a alma. Podemos presumir que ele nem acreditava na existência da alma. Isso, por sua vez,significa que ele não acreditava no homem propriamente dito, mas somente em seu corpo físico. Há muitas evidencias sobre a existência da alma. Há provas cientificas de sua existência e sobrevivência diante da morte física.
2.2.2.5 A teoria da evolução corresponde à verdade dos fatos? A teologia de vários grupos cristãos tem abraçado o conceito de uma evolução divinamente orientada como o modus operandi do desenvolvimento do corpo humano, que se tornou um apto veículo para a manifestação do espírito humano neste mundo físico. Alguns teólogos chegam mesmo a supor que o homem começou realmente, dessa maneira, porquanto, através do traducionismo ou de algum ato especial criador o corpo humano, formado mediante evolução, veio a unir-se à alma imaterial. Portanto é necessário entender que o homem é formado da parte material e da parte imaterial, como está relatado na bíblia sagrada no ato da criação executada por Deus.

3 Considerações finais
Percebe-se o valor de tema tão relevante desta natureza no que se refere ao  criacionismo x evolucionismo provocando ainda nos dias hodiernos muitas divergências de pensamentos; mas as evidencias relacionadas a uma visão de cosmos, e através de literaturas, e de experiências racionais e praticas, com uma mente voltada para o esclarecimento e pelo anseio da verdade,  somos direcionados a abraçar por completo a visão criacionista que é luz para aqueles que de alguma forma são beneficiados por esta verdade que ilumina as mentes e corações limitadas de  seres criados limitados por um ser pessoal e  ilimitado que vive e habita em luz inacessível. O Deus Criador de todas as coisas.




Referências
Biblia, teologia e filosofia, Enciclopedia, Champli R.N; Ed. Hagnus
Apologétic, Enciclopedia, Geisler, Norman; Ed. Vida



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