terça-feira, 17 de setembro de 2013

TEÍSMO ABERTO - Edileide Maria da Silva Almeida

TEÍSMO ABERTO


Aluno: Edileide Maria da Silva Almeida
Professor: Pr. Jonas Silva

O “Teísmo Aberto” ensina que, por amor, Deus trouxe à existência criaturas e quis relacionar-se com elas, mas, para que este relacionamento fosse verdadeiro, estas pessoas precisavam ser totalmente livres; por isso, Deus, em amor a este relacionamento, abriu mão de Sua soberania, erguendo-se do trono do universo e unindo-se aos agentes livres que criou, para juntamente com Eles construir o futuro. A bíblia os mostra que Deus estar no controle de todas as coisas e opera na vida daqueles que ele criou para sua glória. O deus pregado pelo teísmo aberto é um deus que necessita do homem para estar com ele e tem uma necessidade de relacionar-se o “Deus” mencionado nas Escrituras Sagradas como o Todo Poderoso é um Deus que tem prazer no relacionamento com os homens, mas que não tem nenhuma necessidade, ou seja, Ele não depende do homem, Pois é Deus Detentor de todo poder.


INTRODUÇÃO

"Teísmo aberto”, também conhecido como “teologia da abertura” e “abertura de Deus”, é uma tentativa de explicar a relação entre o pré-conhecimento de Deus sobre os fatos e o livre arbítrio dos homens. Os argumentos do teísmo aberto são essencialmente estes: Seres humanos são verdadeiramente livres, Se Deus soubesse o futuro absolutamente, os seres humanos não poderiam ser verdadeiramente livres, portanto, Deus não sabe absolutamente tudo sobre o futuro. O teísmo aberto acredita que o futuro não pode ser conhecido. Portanto, Deus sabe tudo o que pode ser sabido, mas Ele não conhece o futuro.





1.      Teísmo Aberto e a Bíblia

O que é Teísmo Aberto: É a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus. O termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico, pois, segundo eles, a tradução original da palavra havia se perdido ao longo dos  séculos. Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias.
Em 1980, um teólogo canadense Clark Pinnock, começou a publicar textos questionando a presciência divina na metade do século XX, Arminianos radicais, como Clark Pinnock, Richard Rice, Greg Boyd, John Sanders e David Basinger, reconheceram que se Deus prevê algo, então este forçosamente vai acontecer em outras palavras, à presciência de Deus também é uma limitação do livre-arbítrio, por isso, eles negaram que Deus conheça o futuro.
Em síntese, o “Teísmo Aberto” (ou “Teologia Relacional”) ensina que, por amor, Deus trouxe à existência criaturas e quis relacionar-se com elas, mas, para que este relacionamento fosse verdadeiro, estas pessoas precisavam ser totalmente livres; por isso, Deus, em amor a este relacionamento, abriu mão de Sua soberania, erguendo-se do trono do universo e unindo-se aos agentes livres que criou, para juntamente com Eles construir o futuro. Deus também deixou de lado Sua Onisciência, pois, não haveria um relacionamento de fato livre se ele soubesse o que faríamos amanhã, por isso, Deus poderia saber tudo acerca do passado e do presente, mas não do futuro. Expressa Pinnock, um dos maiores propagadores da visão aberta de Deus:

Vemos o futuro não como totalmente estabelecido, e isto, é claro, relata os riscos que Deus encara no futuro. Nossa segurança advém, não da crença de que Deus conhece tudo exaustivamente (uma visão que questionamos biblicamente), mas da crença que ele tem a sabedoria para lidar com qualquer surpresa que se levante (apud REYMOND, 2011, p. 347).

Meu objetivo com este artigo é defender a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus, Crendo por meio de sua Palavra Revelada a nós que Ele é, e sempre será o “Todo Poderoso” sobre todas as coisas. No Salmo 139 observaremos que além de uma oração trata-se também um pouco sobre três atributos de Deus: o conhecimento, a presença e o poder. Nos versus 7 á 11, Davi pergunta se existe algum lugar para onde ele poderia fugir da presença de Deus. A resposta é negativa, pois a onipresença do Senhor não pode ser limitada pelo espaço nem vencida pela velocidade e tampouco é afetada pelas trevas.

Portanto, melhor seria chamar a “coisa” de “antropoteísmo aberto”. Sim! Pois é apenas disso que se trata em tal reflexão. Assim, como algo relativo ao homem é admissível a reflexão. Afinal, o homem pode, no máximo, falar de si mesmo. Entretanto, quando a pretensão é explicar Deus em relação ao homem e à existência, a sabedoria das melhores palavras se converte em estultícia. (Caio Fábio)

Os atributos são as qualidades inerentes a um sujeito, elas o identificam, distinguem ou analisam. Os atributos de Deus não são partes que compõem Deus. Cada uma delas descreve o que Ele é. Deus é mais do que a soma de todas as suas perfeições. Ao colocar  aqui todos os seus atributos seriamos incapazes de descrever Deus completamente. A expressão todo poderoso é usada apenas para referir-se a Deus na bíblia, ocorrendo 56 vezes, e essa é à base do conceito de onipotência. Deus revelou a si mesmo como o Deus todo-poderoso a Abraão Gn. 17.1 “Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhe apareceu e disse: "EU SOU O DEUS TODO-PODEROSO; ande segundo a minha vontade ­e seja íntegro.” a Moisés Êx. 6.3 “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus todo-poderoso, mas pelo meu nome, o Senhor, não me revelei a eles.” aos cristãos 2Co. 6.18 "e serei o seu Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor todo-poderoso.”e a João diversas vezes em Apocalipse 19.6/ 1.8 "Eu sou o Alfa e o Ômega", diz o Senhor Deus, "o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso.".
Deus conhece todas as obras desde o início Atos 15.18. “Ele conta o número das estrelas e as chama pelo nome Salmos 147.4”.  “Nosso Senhor demonstra sua onisciência quando declara o que poderia ter acontecido em Tiro e Sidom, Mateus 11.21”.  “Deus conhece tudo a respeito de nossa vida mesmo antes do nosso nascimento, Jeremias 1.5 A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”. Como o Deus do Ateísmo Aberto pode ser o mesmo Deus da Bíblia Sagrada? Se o Deus que escolheu a Jeremias conhecia bem o futuro e suas necessidades por isso chamou o profeta ainda no ventre para fazer parte da sua revelação na história humana.
            Afirmar que Deus é incompreensível equivale a dizer que nossa mente não é capaz de conhecê-lo. Afirmar que Ele é cognoscível equivale a dizer que pode ser conhecido. As duas afirmações são verdadeiras, ainda que nenhuma delas em sentido absoluto. O Próprio Deus é a fonte do que conhecemos dEle. Existe só uma verdade e esta provêm de Deus, pois desde que o pecado entrou no curso da história, o homem cria aquilo que chama de verdade,  mas que, de fato, não é.
           
O chamado “Teísmo Aberto”, o qual, em síntese, “se faz acontecer” sob a pretensão de alguma relevância, em razão do velho conflito entre a Soberania de Deus e a Liberdade do Homem. Sendo que, em tal caso, as noções de “soberania divina” são aquelas de Calvino (ainda Calvino...) e as supostas contradições que tal teologia apresenta acontecem frente ao conceito calvinista de Soberania em contraposição à Liberdade Humana.  Além disso, do ponto de vista do “Teísmo Aberto”, tem que haver uma síntese entre a tal “soberania divina”, de um lado, e, do outro, a “liberdade humana”. E, nesse caso, o “Teísmo Aberto” seria a “síntese”, pois, em tal perspectiva, Deus e o Homem são co-autores de suas histórias: a História de Deus sendo afetada pelo homem e a história do homem sendo afetado pela História de Deus.  Assim, Deus e o Homem tornam-se sócio no tecer da História que lhes é comum. E, a partir disso, Deus já não diria ao homem algo como “sem mim nada podeis fazer”, pois o homem diria de volta: “Sem mim também, o que farás?”. (Caio Fábio)

            Segundo a Escritura, a intervenção de Deus, no que podemos conhecer dela, começa na criação, ainda que tenha nos amado antes da própria fundação do mundo. A partir de então, não parou de intervir, seja falando, agindo, alterando, mudando, fazendo tudo o que condiz com os seus propósitos eternos. Se a Escritura é de fato a Palavra de Deus, sua revelação, então o Deus que intervém existe e foi o mesmo Deus de Jô. Homem que sofreu profundamente para aprender quem Deus é e que, finalmente, pôde ver a Deus. Mesmo tendo sofrido, viu a graça do Deus que intervém restaurando-lhe.
            Aliás, há uma ironia aqui: O livro de Schaeffer que teve o título traduzido como "O Deus que intervém", literalmente chama-se "O Deus que está lá", o que não faria tanto sentido na língua portuguesa. Schaeffer escreveu o livro com este nome exatamente para mostrar que na cultura do final do século XX, influenciada pelos muitos anos do desenvolvimento científico e cultural do ocidente, Deus tornou-se uma construção ideológica e não o Deus da Bíblia. O Deus que intervém e revelou-se em Jesus Cristo foi transformado pelo racionalismo humanista em um deus impotente, facilmente substituído pela capacidade humana.
            O teísmo aberto não passa de uma mera vaidade humana na sua deficiência em ser submisso a Deus, buscando em argumentos fracos e produzidos pelo pequeno conhecimento de Deus, homens que perderam os valores bíblicos (se um dia o tiveram), Eu compreendo Deus a partir da eternidade. "A tua palavra, Senhor, para sempre está firmada nos céus" (Salmo 119:89); "todos os teus mandamentos são verdadeiros, tu os estabeleceste para sempre" (Salmo 119.151,152). Deus conhece tudo por estar diante dEle e no controle dEle, pois Ele estar sobre a história. Por sua vida imutável Ele existe para sempre e é sempre o mesmo; não envelhece sua vida não aumenta nem diminui; não ganha novas forças nem perde a que possui; não amadurece nem se desenvolve; "vida indissolúvel" (Hb 7.16 Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível).

Existem várias afirmações de que Deus conhece o futuro, Ele conhece porque para que Deus possa determinar algo no futuro ele deve necessariamente e obviamente saber onde estará a história para que ele determine alguma coisa na nela. (teólogo Brasileiro Ariovaldo Ramos)
           
            Quando concordamos com o Teísmo Aberto em pensar que Deus muda e se adapta, que ele se relaciona, que ele vai reagindo ao homem a quem Ele conferiu uma espécie de autonomia de vontade, de livre arbítrio que toma precedente sobre o próprio arbítrio de Deus. Deus criou tudo e todos e deu um passo para trás como se Deus estivesse reagindo a nós (criação humana).
Deus é "desde a antigüidade" (Salmo 93.2): "o Rei eterno" (Jr 10.10); "Incorruptível" (Rm 1.23); "o Único que é imortal" (1Tm 6.16); "Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus" (Salmo 90.2); “A terra e o céu perecerão, mas tu permanecerás; envelhecerão como vestimentas... tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim" (Salmo 102:26,27); "Eu [Deus] sou o primeiro e sou o último" (Is 48:12); “Pois eu, o Senhor, não mudo” (Ml 3:6). O Caráter de Deus é imutável: Deus nunca se torna melhor do que sempre foi; o caráter de Deus é hoje, e sempre será exatamente como era nos tempos bíblicos; "(Deus) em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (Tiago 1.17).

Concluímos, portanto afirmando que Se concordamos com o Teísmo Aberto, logo concordamos que Deus é menos do que a Bíblia diz que Ele é. Não estaremos levando em conta o valor das Escrituras Sagradas. E isto é heresia.

PORQUE EU, O SENHOR NÃO MUDO; POR ISSO VÓS, Ó FILHOS DE JACÓ, NÃO SOIS CONSUMIDOS. (MALAQUIAS 3:6).



REFERENCIAS:

·         pt.wikipedia.org/wiki/Teísmo_aberto
·         www.gotquestions.org/Portugues/teismo-aberto.html
·         www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=02487
·         www.youtube.com/watch?v=yRT90FFZ9q0

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