TEÍSMO ABERTO
ALUNO: DANIEL FERNANDES
1.1 RESUMO
A teologia relacional ou teísmo aberto nada mais é que uma forma
incapacitada que o homem tem de tentar entender algo da parte de Deus que não
pode ser entendido de forma plena. Ou seja, quanto a liberdade moral do homem e
o total controle de Deus sobre as criaturas relativo a seus decretos, é de fato
algo, complexo que a mente humana não irá encontrar respostas plenas para tal.
É justamente na tentativa de se encontrar respostas para estas questões que
surgem as heresias.
1.1.2 PALAVRA CHAVE
Há uma área de acesso restrito só a Deus em toda teologia
2.0 INTRODUÇÃO
Há um certo tempo, um dos expoentes do Teísmo aberto, o pastor Ricardo
Gondim, teceu um artigo numa rede sócia onde dizia o seguinte; “Eu não me
contento com respostas simples ou com a simples resposta eu não sei” É
justamente ai que mora o perigo, pois nesta ânsia de saber o que foge ou
transcende o entendimento humano é que os homens ferem ou maculam as
escrituras. Em outra postagem deste referido pastor supra citado anteriormente,
o mesmo comentou a tragédia do Tsunami no Japão e disse que Deus não sabia e
não tinha conhecimento do que iria ocorrer no continente asiático e mesmo que
soubesse não poderia fazer nada. esta é a suma do teísmo aberto que aliado ao
advento do livre arbítrio alega não saber Deus qual será a ação futura de suas criaturas.
3.0 REFERENCIAL TEÓRICO
Concordar ou fazer as referidas alegações que se viu na introdução deste
artigo é atribuir a Deus simplesmente
limitações e características humanas. Na realidade esta foi uma das intenções
de algumas religiões ao decorrer dos séculos, trazer Deus à esfera humana e não
só isso, mas também, Limita-lo. Há um teólogo chamado Norman Geisler que define
de forma muito hábil o que e onde estaria, no sentido de patamar, Este Deus. “Nós,
seres humanos, estamos no interior de uma estação de trem. Assim só se pode ver
o trem vagão por vagão. Deus, ser supremo, está no alto da mais alta montanha e
de lá ver o mesmo trem por completo”
(Não tenho fé suficiente para ser ateu) Esta é a ideia querente que se deve ter de
Deus, pois ao atribui-lhe características humana seria também limitá-lo
conforme os humanos.
Na realidade é justamente isso
que o teísmo aberto propõe, se é de forma tendenciosa ou não, não cabe a nós
julgar. Mas pensar que um sEr dotado de todo conhecimento prévio de tudo que
iria ocorrer mesmo antes que essas coisas existissem de fato. É um sEr que esta
fora do tempo, no sentido de limite, e
que pode ser pego de surpresa, aponta para uma negligência de um dos principais
atributos de Deus, a onisciência.
O salmos 139 nos demonstra que o
salmista tinha uma sensação divina de um ser que transcende toda e quaisquer
esfera humana, pois em sua declaração melódica entende que este sEr se
diferencia de todos os outros que possas existir em quaisquer lugares do
universo. O salmo 139 em seu verso 6 dá o checkmate em toda teologia
relacional, o verso traz a seguinte informação; Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso
atingir. Aqui é o cerne da questão. O salmista Davi era de fato um homem
que tinha intimidade com Deus e que entendia seus desígnios e planos e partindo
do princípio que foi inspirado por Deus a ponto de deixar relatos na bíblia,
deve-se ter algo a mais que nós homens contemporâneos. O salmista reconhece que
por mais sabedoria que venha a ter, por mais conhecimento ou quaisquer outras
coisas, nada disso é superior à ciência divina, a racionalidade divina. Estas,
são tão altas que não se pode alcançar e isso funciona como uma cerca que
determina o limite até onde o homem limitado deva ir. É justamente neste local
que o homem deve parar e o salmista parou. Querer ir além disso é sinônimo de
heresia, é sinônimo de teologia relacional.
Um outro bom exemplo destes homens que decidiram pular a cerca que
determina o limite, e que decidiram adentrar num terreno impróprio para os
mesmos e para o seu intelecto chama-se René Kivitz, que a pouco teceu um
comentário acerca do apóstolo Paulo dizendo que o apóstolo, um dos mais
proeminentes do colégio apostolado, não soube o que disse em uma de suas
cartas. Disse ainda que Paulo complicou a passagem bíblica e que ele, René
Kivitz, ia descomplicar o que Paulo complicou. Como diria o jornalista Boris
Casoy, “ Isso é uma vergonha” Parece
que o avanço a esta área restrita que é de domínio apenas divino, não é apenas
uma fábrica contínua de heresias, mas também, de presunção.
Os versos 1-4 do Salmos 139 mostram que realmente Deus conhece o futuro e
não apenas uma parte desse, mas todo.
"SENHOR, tu
me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe
entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos
os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que
logo, ó Senhor, tudo conheces".
Além deste texto, é possível lembrar
de outro texto que mostra Jesus interrogando a Pedro quanto se este o amava de
fato, na ocasião Jesus pergunta a Pedro se ele o amava João 21: 15 a 17. Nesta ocasião Jesus
apresenta uma característica inerente somente a Deus, a onisciência, quando sabe
que Pedro o negará antes mesmo que o galo cante. Ou seja, Essa é a prova
inequívoca que Jesus e Deus são as mesmas pessoas. Por isso não há confronto
quando se adorava a Jesus nas escrituras. A adoração a Jesus não era rejeitado
por Deus. Assim, a ideia é corroborada com o texto que alega Deus não dividir sua
glória com ninguém. E se Jesus foi adorado e não houve repudia divina, bem como
na ocasião do bezerro de ouro com Arão Ex. 32, mostra que Jesus e Deus são as
mesmas pessoas e eram harmônicos quanto glória e atributos.
As escrituras nos mostram um Deus
que é totalmente imanente, mas possui um limite quanto a isso, é como se fosse
aquela cerca de limite que mencionou-se anteriormente. Apesar de se relacionar
com sua criação existe uma separação e um terreno onde o homem não deve entrar.
Em Js. 3:4 Josué orienta o povo a não se aproximar da arca, Ela tinha que está
a uma distancia considerável dos homens e isso aponta para santidade de Deus
que não pode ser homogeneizada com o homem pecador. Eis ai o limite em que o
homem não deve avançar, quem assim o fez sofreu na pele a conseqüência como Uzá
em I Cr.
13:9-10. Assim como Uzá, muitos homens estão mortos espiritualmente e não
conseguem mais ver a essência do evangelho por infringem, mesmo que com boas
intenções, este limite que há entre as coisas inacessíveis de Deus e as coisas
que só dizem respeito ao homem. A teologia relacional infringe esta área, os
teólogos relacionais infringem está área e por isso que seus pensamentos estão
mortos e não produzem nada além de heresia.
Teísmo aberto
é a teologia que
nega a onipresença, a onipotência e
a onisciência de Deus. Pois se um desses
atributos cai expõem os outros ao efeito dominó, ou seja, todos caiem juntos. Seus
defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do
conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o
futuro completamente, e pode mudar de ideia conforme as circunstâncias. Afirmam
também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do
contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é
traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.
O Teísmo Aberto defende que Deus se relaciona
intimamente com o homem,
em detrimento de sua onisciência que seria prejudicada com a dádiva do livre arbítrio;
Deus saberia o futuro, mas não todo o futuro, pois esse futuro ainda não teria
existência na presença de Deus, dado o livre arbítrio do homem concedido por
Deus.
Os defensores da Teologia Tradicional afirmam que seria um
completo absurdo Deus se despojar do direito de saber todas as coisas, pois,
sendo assim, Deus viveriam incertezas, não tendo controle sobre os eventos
futuros do Universo.
Contudo, defende o Teísmo Aberto que Deus é Todo-poderoso
exatamente por causa desse despojamento, visto que mesmo tendo ausência de
controle sobre as escolhas humanas, Deus é capaz de governar o futuro
vaticinado. Ou seja, exatamente porque Deus não se preocupa em estar no
controle de suas criaturas é que ele demonstra estar realmente no controle.
Tudo teria surgido na bem intencionada
apologética de alguns teólogos de livrar Deus da maldade existente no mundo,
como explica Luiz Sayão, lingüista e hebraísta pela USP, é uma teologia
tipicamente Norte Americana: prática e simples. Em outra curta frase apresenta
as conclusões do Teísmo Aberto: “Deus
precisa deixar de ser Deus, tornando-se menos onipotente e onisciente para que
não seja responsabilizado pelo sofrimento do mundo”.
Luís Saião também tece um comentário acerca desta teologia alegando ser
esta uma tentativa de resposta extrema ao calvinismo. O que ocorre é que o
teísmo aberto tenta de uma forma ou de outra da uma nova explicação para os
atributos tidos como incomunicáveis de Deus. A onisciência divina é questionada quando se fala em livre arbítrio. Ou seja, a
bondade de Deus de apresentar um futuro a ser escolhido pelo homem. Segundo os
teólogos relacionais, o homem tem livre escolha do bem e do mal, e a bondade de
Deus em conceder liberdade ao homem impediria, moralmente, o Soberano de
intervir e estabelecer os eventos futuros. Em defesa disso, apresenta-se a
ideia de que se há maldade no mundo, Deus não seria o construtor dessas
desgraças e destruição. O livre arbítrio do homem o levara ao futuro
estabelecido pelo próprio homem e Deus não teria participação nos eventos
catastróficos e malévolos desse século. As explicações da Teologia Relacional
consistem em apresentar críticas sobre a teologia tradicional, que estabeleça
que Deus está no controle de tudo, frase que caia em desuso por estes teólogos.
Em contra partida, a teologia reformada defende
que defende que o livre arbítrio do homem é ilusório, e que até mesmo a
capacidade de fazer o bem por parte do homem tem a interveniência do Espírito de Deus, assim, o livre arbítrio
humano seria absurdo, fazendo duras críticas à teologia arminiana, defensora do
livre arbítrio. Na realidade existe um paradigma criado pela teologia
relacional que alega não ter como Deus saer qual decisão será tomada pelo homem
no futuro, se este tiver o livre arbítrio, logo, Deus não sabe o que o homem
fará, sendo assim, não sabe o que ocorrerá amanhã.
CONCLUSÃO
Por tanto, concluí-se que nada, absolutamente
nada, pode pegar Deus de surpresa, ou seja, mesmo sem querer o mal do homem,
más se este homem cometer algum mal contra si próprio isso não fugiu do
controle divino. E aqui é necessário lembrar a definição de Norman Geisler “
Deus está no alto da montanha e de lá ver o trem por completo”[1]
Se algum intercurso houver no caminho deste trem não pegará Deus de surpresa,
sabendo que Ele é soberano o suficiente para evitar ou permitir o referido
intercurso.
Outra questão é sobre o livre arbítrio. Entende-se
que de fato o livre arbítrio não passa de uma mosca ranço, ou seja, ninguém
ver. Acredita-se que livre arbítrio dentro da teologia é poder ou não de
cometer pecados e não de tomar decisões, o fato de se tomar decisões diz
respeito a uma livre agencia e não livre arbítrio. Por tanto, só houve um homem
e uma mulher que viveu num ambiente isento de pecado e que poderiam de fato
pecar ou não pecar, estes sim puderam escolher, coisa que nenhum outro pode
mais. Bem como nos diz o salmista; Em pecado fui concebido Sl. 51.5.
REFERENCIAS
pt.scribd.com/doc/.../NAO-TENHO-FE-SUFICIENTE-PARA-SER-ATEU
www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=284
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